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Tom político, de novo

17 de janeiro de 2007

 

A divulgação dos dados sobre a situação financeira do estado não ficou apenas na revelação dos números. O discurso suave do governador Eduardo Campos (PSB), que no dia anterior havia dito que não tinha a intenção de politizar o assunto, deu lugar a duras críticas contra as gestões dos ex-governadores Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Mendonça Filho (PFL) – veja frases em destaque. “Se eles tinham tanta segurança (do equlíbrio financeiro) porque não abriram as contas?”, indagou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho. “Briano (Maria José Briano, ex-secretária estadual da Fazenda) disse que não sabia quanto ia ficar . Ela sabe fazer conta e sabia que tinha déficit na apresentação e por isso não revelou”, arrematou o vice-governador João Lyra Neto (PDT).

Na avaliação de João Lyra, os auxiliares de Jarbas/Mendonça foram obrigados a omitir os dados. “Se eles tivessem divulgado em dezembro, no final do governo, os números seriam os mesmos. Essa foi a grande surpresa para o povo de Pernambuco.Uma administração que alardeou um equilíbrio fiscal o tempo todo e entrega o governo com um déficit financeiro de R$ 255 milhões”, destacou.

Sobre a mudança de discurso de Eduardo, Fernando Bezerra Coelho disse que, na verdade, a intenção dele não era de condenar A ou B, mas de mostrar a real situação do estado. “Mas ao invés de dinheiro em conta o governo passado raspou a conta. Hoje, nós não estamos emitindo nota e sim o extrato da conta única”, ponderou. Já o secretário da Casa Civil, Ricardo Leitão, voltou a afirmar que o atual governo não identificou nenhum recurso de R$ 1,3 bilhão nos cofres do tesouro estadual. “O que existe é a perspectiva de investimento a partir de contratos de empréstimos que ainda precisam ser viabilizados”. 

A conta política

O aspecto político das contas do estado pesa mais do que a questão financeira. Isso é evidente. O governo Jarbas/Mendonça deixou R$ 109 milhões em caixa e reafirma que o estado está com as finanças equilibradas. Porém, o governador Eduardo Campos considera que o estado passa por um caos financeiro, com déficits programados que, a curto prazo, somam R$ 255,1 milhões. Os R$ 1,3 bilhão conveniados só serão liberados mediante contrapartidas, e a solução é cair em campo para arrecadar mais, conseguir mais recursos de fora e trabalhar muito. Bem, é para isso que os governos são eleitos, seja qual for a realidade financeira do estado. Mas, ao enfatizar o caos financeiro, Eduardo tem um objetivo político: desmistificar a fama de bom gestor, ostentada por Jarbas Vasconcelos, que disse ter encontrado o estado, em 98, em total desequilíbrio financeiro e com a herança dos precatórios. E, herança por herança, Eduardo aponta que também tem uma: a dívida de R$ 318 milhões resultante da polêmica transação da Compesa com a Caixa Econômica. Essa questão, registre-se, envolve gestos de grande boa vontade do governo FHC (ninguém de bom senso receberia ações da Compesa como garantia de empréstimos antecipados) e de excessisvo rigor do governo Lula, que não encontrou uma solução para o problema no segundo governo Jarbas. Agora, a Caixa acena com boa vontade e espera-se uma solução. Por fim, é preciso que fique claro que contas só comportam um resultado, embora possibilitem várias leituras. Como se fosse fácil, o julgamento fica com a população, que é quem enche os cofres do estado. E, nessa história, sairá vitorioso quem tiver o melhor discurso.

Zero

Em entrevista auma emissora de televisão, o secretário da Fazenda, Djalmo Leão, disse que o pagamento da folha do funcionalismo é prioridade zero. Ou seja, nada. Pois é, o secretário está confundindo os números.

A conta política

O aspecto político das contas do estado pesa mais do que a questão financeira. Isso é evidente. O governo Jarbas/Mendonça deixou R$ 109 milhões em caixa e reafirma que o estado está com as finanças equilibradas. Porém, o governador Eduardo Campos considera que o estado passa por um caos financeiro, com déficits programados que, a curto prazo, somam R$ 255,1 milhões. Os R$ 1,3 bilhão conveniados só serão liberados mediante contrapartidas, e a solução é cair em campo para arrecadar mais, conseguir mais recursos de fora e trabalhar muito. Bem, é para isso que os governos são eleitos, seja qual for a realidade financeira do estado. Mas, ao enfatizar o caos financeiro, Eduardo tem um objetivo político: desmistificar a fama de bom gestor, ostentada por Jarbas Vasconcelos, que disse ter encontrado o estado, em 98, em total desequilíbrio financeiro e com a herança dos precatórios. E, herança por herança, Eduardo aponta que também tem uma: a dívida de R$ 318 milhões resultante da polêmica transação da Compesa com a Caixa Econômica. Essa questão, registre-se, envolve gestos de grande boa vontade do governo FHC (ninguém de bom senso receberia ações da Compesa como garantia de empréstimos antecipados) e de excessisvo rigor do governo Lula, que não encontrou uma solução para o problema no segundo governo Jarbas. Agora, a Caixa acena com boa vontade e espera-se uma solução. Por fim, é preciso que fique claro que contas só comportam um resultado, embora possibilitem várias leituras. Como se fosse fácil, o julgamento fica com a população, que é quem enche os cofres do estado. E, nessa história, sairá vitorioso quem tiver o melhor discurso.

Zero

Em entrevista auma emissora de televisão, o secretário da Fazenda, Djalmo Leão, disse que o pagamento da folha do funcionalismo é prioridade zero. Ou seja, nada. Pois é, o secretário está confundindo os números.

Fonte: Diário de Pernambuco

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