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Recompra de dívida derruba risco-país
11 de fevereiro de 2006O mercado financeiro abriu ontem em clima de euforia, repercutindo o anúncio do Tesouro e do Banco Central sobre o processo de recompra de títulos da dívida externa brasileira. O risco-país chegou ao fim das operações em seu menor nível histórico, a 228 pontos – queda de 10,9%. O dólar chegou a ser negociado a R$ 2,15 – menor valor desde abril de 2001 –, mas, com os investidores menos empolgados no fim da tarde, fechou a R$ 2,165, em baixa de 0,23%. A Bovespa chegou a subir 2,52% e fechou com alta de 0,25%.
No início da noite de anteontem, após o fechamento do mercado, Joaquim Levy (secretário do Tesouro) e Rodrigo Azevedo (diretor de Política Monetária do BC) anunciaram que o governo tem recomprado títulos da dívida externa antecipadamente. Neste ano, já foram resgatados US$ 2,3bilhões. O processo de recompra poderá atingir US$ 20 bilhões (de um total de US$ 87 bilhões de dívida externa do governo federal).
Ao fazer isso, o governo eleva a demanda pelos papéis da dívida externa – e se a demanda por um ativo cresce, seu preço sobe. Investidores também passam a procurar mais esses títulos no intuito de revendê-los ao governo. O risco-país é calculado a partir da oscilação dos valores de uma cesta de títulos da dívida. Quando o preço dos títulos sobem, o risco-país recua.
Para Caio Santos, estrategista do BankBoston, o Brasil está seguindo o exemplo do México, que reduziu sua dívida externa, deu incentivos a estrangeiros para aplicarem em títulos do País e conseguiu, com o tempo, conquistar o investment grade (grau de investimento), que torna o País mais atraente aos investidores e reduz o custo dos empréstimos. Hoje o risco-país mexicano está em torno dos 115 pontos. Quanto menor o risco, melhores são as expectativas dos investidores em relação à solvência do país. Ou seja, quanto mais baixo o risco, menores são as chances de o governo dar calote em sua dívida.
Em setembro de 2002, quando o Brasil enfrentava a crise pré-eleitoral, o risco-país alcançou seu máximo histórico, de 2.436 pontos. Com o indicador nesse pico, os setores público e privado começaram a se deparar com maiores dificuldades para conseguirem empréstimos no exterior. “O Brasil tem buscado melhorar o perfil da dívida externa e interna, o que vai ajudar o país a conquistar o investment gradè. Mas isso levará algum tempo ainda para acontecer”, afirma Santos.
Analistas avaliam que o investment grade só será alcançado em 2007 ou 2008. E isso se as condições econômicas mundiais não se alterarem até lá. O status de investment grade é concedido pelas agências de classificação de risco – sendo as principais Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch Ratings – a um grupo de países que carregam menores probabilidades de darem calote em suas dívidas. O Brasil ainda está três degraus abaixo desse nível. E cada elevação de nota costuma levar de seis a nove meses para acontecer.
Fonte: Jornal do Commercio
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