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Municípios enfrentam má gestão
25 de abril de 2006Os municípios de Pernambuco estão entre os piores do Brasil em relação ao Índice de Responsabilidade Fiscal, de Gestão e Social (IRFGS) criado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Segundo os dados do índice, não há nenhum município pernambucano entre os 100 melhores, mas já entre os 100 piores do País encontram-se Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe, Vitória de Santo Antão, Gravatá e Ribeirão.
O índice foi criado pela CNM como forma de avaliar a administração pública além da mera questão fiscal. Por isso, o estudo levou em conta índices relacionados às áreas da saúde e educação, além da eficiência administrativa, tomando por base o ano de 2004. O mais agravante é que entre os municípios que a CNM classifica como donos de um péssimo desempenho estão localidades de expressão, como Jaboatão dos Guararapes e Vitória de Santo Antão.
O secretário-executivo da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), Anatólio Julião, justifica o grave quadro por problemas enfrentados pela administração pública e por problemas em levantar recursos próprios. “Pernambuco enfrenta problemas estruturais gravíssimos. Existem alguns municípios que estão agrupados em pólos econômicos, mas em outros praticamente não existe emprego formal. Como é possível cobrar tributos onde não há formalidade?”, questiona.
Entre os 4.287 municípios analisados, o melhor colocado em Pernambuco é Lagoa do Carro, ocupando a posição de número 220. Em seguida, aparece Jucati, em 240º, Cupira, 319º, e Bom Conselho, 451º. Ou seja, entre os 500 municípios com melhor índice de administração – que conseguem juntar responsabilidade fiscal com qualidade administrativa e bons resultados sociais – há apenas quatro representantes pernambucanos. Segundo a CNM, as piores médias foram encontradas nos Estados de Pernambuco, Sergipe, Amapá, Goiás e Maranhão.
Segundo a secretária de finanças de Jaboatão dos Guararapes, Mariza Carneiro, o resultado não surpreende. “Tivemos que fazer várias mudanças, pagando em um ano 16 folhas salariais. Também aumentamos a receita própria em 72,07%. Se a pesquisa fosse feita com dados de hoje, o resultado seria diferente”, garante. O prefeito de Camaragibe, João Lemos (PCdoB-PE), garante que os resultados ruins são coisas do passado. “Ajustamos a máquina e aumentamos os gastos sociais, como
Apesar das justificativas pontuais, o quadro geral em Pernambuco é muito ruim, segundo o estudo da CNM. Julião, da Amupe, reconhece que falta qualidade de gestão nos municípios pernambucanos. “Há de se pensar no aprimoramento da máquina administrativa. Tem município que praticamente trabalha sem computador”, exemplifica.
Fonte: Jornal do Commercio
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