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Estado e servidor vão começar a negociar reajuste

29 de maio de 2007

 

O governo do Estado lançou o Programa de Negociação Permanente para os servidores públicos estaduais, com a publicação do Decreto nº 30.460, no Diário Oficial do último sábado. Com o programa, fica criada a mesa de negociação dos funcionários, que tem a primeira reunião marcada para o dia 4 de junho. Na data, o governo apresentará suas respostas às reivindicações de reajuste apresentada pelos servidores, que consistem num aumento mínimo de 16%. O decreto prevê ainda a implantação de planos de cargos, carreiras e vencimentos, bem como assegura a participação dos servidores na elaboração do orçamento relativo às despesas com pessoal.

O governo chegará com respostas ao que foi apresentado”, avisou Paulo Câmara, secretário de Administração. Apesar dos avanços do decreto, os servidores reclamam do fato de o documento ter saído tarde e de a primeira reunião da mesa acontecer depois da data-base dos funcionários do Estado, no dia 1º de junho. “Nossa data-base foi frustrada. Queríamos um anúncio construído em mesa antes do dia primeiro”, critica Renilson Oliveira, coordenador-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Civis do Estado (Sindserpe). Além do atraso em qualquer anúncio, algum reajuste ou medida implementada pelo governo pode não ser retroativo à data-base – como também querem os servidores. “O dia 1º de junho é uma data de referência, mas não impositiva”, entende Câmara.

O secretário disse também que o governo quer estruturar as carreiras dos servidores de modo a corrigir distorções salariais. A medida permitirá a paridade salarial entre servidores com cargos de natureza idêntica. Todas as categorias estão com planos de cargos pendentes. Pelo projeto, o governo também vai implementar programas de benefícios para os servidores.

Haverá uma mesa geral de negociação, para tratar de questões que trazem impacto financeiro, e mesas específicas. A mesa geral terá a participação de entidades sindicais, do procurador-geral do Estado e dos secretários de Administração, Fazenda, Planejamento, Casa Civil e Controladoria Geral. Paulo Rocha, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), criticou o fato de a CUT não ser mencionada no Decreto. Renilson Oliveira questionou o fato de as reuniões setoriais previstas terem sido canceladas. “Passa a sensação de que o governo não quer negociar. Se chegarmos até o dia 15 de junho e o governo não sinalizar nada, os ânimos ficarão acirrados”.

Fonte: Jornal do Commercio

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