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Vale a pena fazer a portabilidade?

30 de setembro de 2012
A palavra da moda é portabilidade. Nada de amarras. O consumidor fica livre para mudar de banco, de plano de saúde, de operadora de telefonia. Uma forma de optar pelo melhor serviço com preço mais em conta ou economizar nos empréstimos e financiamentos a longo prazo. Assim como no divórcio, o fim de um relacionamento com o prestador de serviço tem bônus e ônus. Antes de dar o passo definitivo, o consumidor deve conhecer as regras da portabilidade. Avaliar as vantagens e desvantagens para saber se vale a pena entrar no novo casamento. 
 
A portabilidade de crédito (empréstimos, consignados, financiamentos) está na crista da onda. O atrativo é a política de redução de juros do governo federal, que forçou os bancos e financeiras a baixarem as taxas e encargos para emprestar dinheiro mais barato ao cliente. Chegou a hora das pessoas que têm contratos de financiamentos e empréstimos correrem atrás do gerente para reduzir os encargos das dívidas de longo prazo.
 
Miguel de Oliveira, vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), recomenda cautela na operação. “Levar a dívida de um banco para outro banco só faz sentido se a dívida ficar menor.” A pedido do Diario, Oliveira simulou duas situações de portabilidade de crédito. No caso do financiamento de imóvel em 120 meses, o consumidor poderá fazer uma economia de R$ 15.916,32 ao final do contrato. Na compra do carro parcelado em 50 meses, a dívida pode ser reduzida em R$ 6.549.
 
Oliveira alerta que a portabilidade só funciona quando os juros estão em queda. Além disso, o consumidor deve procurar o seu banco e tentar melhorar as condições do empréstimo. “Se o banco não quer perder o cliente, fará de tudo para renovar o empréstimo em melhores condições”, salienta. Coordenador do curso de economia da Faculdade Boa Viagem (FBV), Antônio Pessoa reforça o argumento: “Com a situação mais competitiva no mercado, a portabilidade fica mais vantajosa. Qualquer redução da dívida no financiamento de longo prazo fará a diferença”.
 
A portabilidade de financiamento de imóvel requer mais cuidado. Pessoa lembra que hoje a Caixa Econômica Federal tem as melhores condições de financiamento. Mesmo assim, o consumidor pode buscar outra instituição para negociar. O primeiro passo é saber o saldo devedor e se dirigir a outro banco. Com a carta de intenções na mão, o próximo passo é retornar ao banco de origem para negociar melhores condições.
 

Mas é preciso ter muito cuidado antes de dar o passo final porque existem as “pegadinhas”. Miguel Oliveira alerta para os custos adicionais que são agregados pelo banco de destino, como a nova avaliação do imóvel e o registro em cartório. Para retirar esse ônus do consumidor, o governo federal já estuda novas regras para a portabilidade de financiamento de imóvel. 

Fonte: Diario de Pernambuco

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