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TST decreta o fim da greve dos Correios

28 de setembro de 2012
Brasília – Depois de 16 dias de greve, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou ontem que os funcionários dos Correios voltem ao trabalho a partir hoje, de acordo com o horário de cada funcionário. Se o trabalho não for retomado, a multa fixada é de R$ 20 mil por dia. Os Correios informaram que a entrega das correspondências em atraso por causa da greve deve ser normalizada com a retomada do trabalho e um mutirão previsto para o fim de semana. Cerca de 21 milhões de cartas e correspondências podem estar atrasadas por causa da greve.
 
Os ministros da Seção de Dissídios Coletivos do TST determinaram que os trabalhadores terão um aumento de 6,5% retroativo a agosto. Os Correios tinham proposto reajuste de 5,2%, mas a ministra Kátia Arruda, relatora do processo de dissídio ajuizado pela empresa, aumentou o percentual, para “preservar minimamente o poder aquisitivo dos trabalhadores”. Os ministros também decidiram que os trabalhadores deverão compensar os dias parados com trabalho extra em até seis meses. Não haverá corte no contracheque. 
 
O presidente do TST, João Oreste Dalazen, ressaltou que os empregados dos Correios têm um dos salários mais baixos entre todas as empresas públicas federais. “Há uma falta de atrativos na carreira que não podemos perpetuar.” Os ministros decidiram que greve não é abusiva porque foi comunicada com antecedência pelos empregados à empresa. Também foi determinada a formação de uma comissão com representantes da empresa e dos empregados para debater a adaptação do plano de saúde oferecido atualmente às normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
 

Edson Dorta, secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares, disse que, apesar da decisão judicial, a retomada do trabalho ainda será levada para análise dos empregados em assembleias. Segundo ele, os trabalhadores não ficaram satisfeitos com a decisão. “O nosso salário é de R$ 942, o reajuste é muito baixo para a categoria, neste período que estamos vendo que a inflação do país não é de apenas 5%”. 

Fonte: Diario de Pernambuco

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