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Sindicato patronal fica mais atuante

20 de maio de 2007

 

Os sindicatos patronais das indústrias de Pernambuco estão cada vez mais atuantes, buscando trabalhar em conjunto com as empresas filiadas. Essa transformação – de entidades que praticamente só funcionavam nas negociações coletivas com os empregados do setor – para organizações consideradas desenvolvidas, foi possível graças ao programa Cooperar. Implementado em março de 2004 em nove sindicatos do Estado, numa iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) com os Centros de Formação Profissional da Baviera (BFZ), o programa foi agora estendido para mais seis sindicatos. A intenção é torná-lo permanente.

Segundo Paulo César Ferreira, um dos consultores do Programa, o objetivo do Cooperar é a profissionalização dos sindicatos, o que permite a prestação de um bom serviço para as empresas filiadas. A profissionalização inclui a oferta de serviços, a atuação no desenvolvimento de cada setor dentro do Estado, a cultura associativista e a implementação de processos de gestão e rotinas normatizados. Entre os serviços ofertados, estão palestras, missões empresariais, missões técnicas, visitas a feiras e eventos, reuniões com empresários das empresas filiadas para discussão conjunta dos problemas do setor.

O problema do empresário hoje não é ser pequeno, mas está sozinho”, ressalta Ferreira. Hoje, por meio do Programa, as empresas se reúnem uma ou duas vezes no mês. Muitas iniciativas também são articuladas de forma conjunta, como a contratação de consultores para realização de cursos para funcionários das empresas, o que sai mais barato.

Os primeiros sindicatos a participar foram os dos setores de vestuário, móveis, químico, fármaco e cosméticos, cal e artefato de cimento, gesso, cerâmica vermelha, reparação automotiva e plástico. Os novos seis são dos setores da construção civil, indústria gráfica, panificação, sabão e vela, refrigeração, extração e beneficiamento de pedras.

Entre os resultados, Ferreira cita a normatização de processos. Por exemplo, os tijolos produzidos pelas indústrias de cerâmica vermelha estão dentro das normas da ABNT e Inmetro, o que gera maior competitividade dentro do setor. As lavanderias de Toritama, de forma conjunta, puderam investir em estações para tratamento de resíduos sólidos dos efluentes.

Fredi Maia, presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Pernambuco (Sindivest), elenca como um dos resultados a constituição de núcleos de competitividade formados por empresas de características comuns. “As empresas que participam desses grupos melhoraram a qualidade, produção e lucratividade”.

Maia conta ainda que o Sindicato tem 68 empresas participando de um programa de exportação para os mais diferentes países, tais como Portugal, Estados Unidos, Itália, Angola, Argentina e Colômbia. Essas firmas participam de diversas ações para exportar, pois viajam para fora, participam de rodadas de negócio, recebem visitas. “As empresas que estão no programa têm mais chances de exportar porque juntas podem prospectar mercados mais facilmente”. A profissionalização do Sindivest também permitiu ampliar o número de filiados. Existem hoje 632 filiadas, com 168 participando ativamente do Sindicato. Antes eram 72 ativas.

Fonte: Jornal do Commercio

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