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Servidor fará greve de 24 horas

13 de junho de 2007

 

Os servidores públicos do Estado realizarão uma paralisação geral de 24 horas no próximo dia 20. Todas as categorias, reunidas no Fórum da Central Única dos Trabalhadores (CUT), deverão participar do movimento. Os servidores criticam a falta de respostas do governo às reivindicações de reajuste salarial. Os funcionários públicos esperavam por uma proposta de aumento do governo no início deste mês, mas, em reunião extraordinária da mesa de negociação realizada ontem, os secretários do Estado voltaram a afirmar que só poderão falar em medidas com repercussão financeira a partir do dia 9 de julho, quando o governo federal apresentará as metas para o Programa de Ajuste Fiscal (PAF).

Na avaliação de Renilson Oliveira, coordenador-geral do Sindicato dos Servidores Civis do Estado de Pernambuco (Sindserpe), a reunião extraordinária da mesa foi conflitante. “Entendemos como certo o que foi publicado no Diário Oficial do Estado, que as despesas de pessoal comprometem 42,18% da receita, mas o governo trouxe ontem novos números”, ressaltou Oliveira. Pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o Estado com um comprometimento de 42,18% estaria com folga financeira para reajustes.

O secretário de Administração, Paulo Câmara, reafirma que o comprometimento – segundo as regras da LRF – realmente é de 42,18%, pelos números do primeiro quadrimestre do ano. Mas o Estado apresentou um percentual de 59,1% porque tirou as receitas vinculadas, aquelas que têm destinação certa (recursos para convênios, taxas, patrimoniais, da Cide, do Fundo Especial do Petróleo, dentre outros) e incluiu nas despesas com pessoal os gastos previstos com demandas judiciais, restos a pagar de 2006, valores atrasados, dentre outros. Com isso, a despesa anual com o servidor subiu de R$ 3,2 bilhões para R$ 3,5 bilhões. E a receita corrente líquida (RCL) caiu de R$ 7,5 bilhões para R$ 5,9 bilhões.

Não queremos dizer que não haverá aumento, mas só mostrando que a dinâmica dos números pode ser diferente. Vamos dar aumento a partir das possibilidades do Estado, a partir da análise do PAF”, declarou Paulo Câmara.

Fonte: Jornal do Commercio

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