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Rodoviários dão trégua de um dia

26 de agosto de 2014

Motoristas, cobradores e fiscais de ônibus decidiram dar uma trégua na série de paralisações que realizam desde sexta-feira, em protesto contra decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de suspender o reajuste salarial de 10% e de 75,4% do tíquete-alimentação. Depois de realizar uma assembleia e reunir cerca de 100 pessoas em passeata, na Boa Vista, na tarde de ontem, a classe voltará a operar os coletivos normalmente na manhã de hoje. 

O sistema funcionou com até 40% da capacidade por 24 horas entre as manhãs de sexta-feira e sábado e 12 horas ontem, das 4h às 8h. Novas paralisações ainda nesta semana não estão descartadas. Advogados dos rodoviários tentarão se reunir hoje, em Brasília, com o ministro do TST Barros Levenhagen, que suspendeu o reajuste salarial da categoria. 

Caso não haja entendimento para reverter a sentença ou adiantar o julgamento do dissídio coletivo, previsto para 8 de setembro, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Pernambuco afirmou que voltará a fazer paradas de advertência. A decisão será anunciada em entrevista coletiva na tarde de hoje no Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife, Boa Vista.

“Temos que fazer com que o Judiciário acorde. Vamos pressioná-los a uma decisão, para verem que não estamos satisfeitos”, garantiu o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Benilson Custódio. Durante a passeata, o grupo fez um apitaço e foi acompanhado por um carro de som. 

Motoristas e cobradores que passavam pela Conde da Boa Vista buzinaram e aplaudiram o movimento. Na tarde de hoje, os rodoviários voltarão a se reunir, na Praça da Independência, em Santo Antônio, para distribuir uma carta aberta à população.

Ontem, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) voltou a alegar impossibilidade financeira para arcar com o acordo salarial. O presidente do Urbana-PE, Fernando Bandeira, apresentou planilhas orçamentárias e alegou que as empresas operam em prejuízo, mesmo com os subsídios dados pelo governo. 

Sofrimento

Em meio à queda de braço, os usuários sofrem. No Terminal de Xambá, Olinda, passageiros revoltados atearam fogo em pneus, móveis e pedaços de madeira. Diferentemente da sexta-feira, quando os passageiros foram pegos de surpresa, muita gente se organizou em caronas ou buscou o transporte alternativo. As Kombis – proibidas há 11 anos – e mototáxis e táxis de cidades vizinhas foram vistos no entorno de terminais.

Depois das 8h, apenas 40% da frota foram às ruas. Na volta para casa, as paradas tinham pouca gente. “Eu estava na Rua do Princípe, mas não passou nenhum ônibus. Vim para a Conde da Boa Vista e deu no mesmo”, disse a empregada doméstica Rita de Cássia Maria Xavier, 30 anos.

Fonte: Diario de Pernambuco

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