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Receita bate novo recorde

19 de julho de 2007

Brasília – A carga tributária federal bateu novo recorde no primeiro semestre. A arrecadação de R$ 284,5 bilhões superou em 10%, já descontada a variação da inflação, o valor do mesmo período do ano passado. O resultado, diz o órgão, ficou R$ 5 bilhões acima do previsto no Decreto de Programação Orçamentária. O resultado é atribuído a decisões judiciais a favor do governo, expansão da economia e aumento da venda do controle acionário de empresas.

Mesmo com os números recordes, a Receita mantém discurso conservador e diz que ainda não é possível afirmar que o avanço de dois dígitos vai se repetir neste semestre. “O semestre foi centrado em pontos que podem não se repetir, como depósitos judiciais e lucratividade das empresa’, afirma o coordenador-geral de análises da Receita, Raimundo Eloi de Carvalho.

Ele explica a tese ao lembrar que mais de 20% da receita extra veio de depósitos judiciais, que ultrapassaram R$ 1 bilhão. Outro fator importante é a venda do controle de empresas. No período, R$ 1,9 bilhão -cifra 186,7% superior à de igual período de 2006- foi arrecadado com o ganho de capital nessas operações. Segundo Carvalho, poucas transações geraram esse valor, reduzindo a chance de isso acontecer novamente.

O discurso é exatamente o oposto ao do professor da UnB Vander Mendes. Para ele, os dados do semestre já permitem apostar em novo recorde da carga tributária em 2007. “É de se esperar, porque a pressão tributária tem crescido e as desonerações não surtem efeito”. Ele diz que o peso dos impostos na economia (34,5% em 2006) só cairá quando o estado for menor.

No semestre, importados e veículos chamaram a atenção da Receita. Com o dólar baixo, a compra de produtos fabricados em outros países aumentou e a arrecadação seguiu a mesma trajetória. O Imposto de Importação e o IPI vinculado a esses produtos foram responsáveis por R$ 8,9 bilhões (alta de 18,6%). Já o forte crescimento da venda de carros gerou impacto em vários tributos. O IPI de automóveis teve aumento real de 9,1%, e o específico de caminhões eônibus saltou 64,8%. Com vendas crescentes, o setor aumentou os lucros e o IR pago por essas empresas cresceu 99,1% nos primeiro semestre.

Fonte: Diário de Pernambuco

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