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PF combate sonegação na venda de cigarros

23 de junho de 2007

Operação Reluz reuniu a Receita Federal do Brasil e a Polícia Federal para desmontar um esquema de sonegação de distribuidora laranja de cigarros. Documentos foram apreendidos em filial do Recife

SÃO PAULO e RECIFE – A Receita Federal do Brasil e a Polícia Federal deflagraram ontem a Operação Reluz para desmontar esquema de sonegação de impostos, comandado por distribuidora de cigarros de São Paulo, com atuação em mais nove Estados. Estão sendo cumpridos 18 mandados de prisão e 49 de busca e apreensão por 87 servidores da Receita e 228 policiais federais.

A Receita calcula que pelo menos R$ 100 milhões foram sonegados pelas empresas investigadas pela operação conjunta dos órgãos federais. A ação tem como foco distribuidora laranja que atua nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba, Pará e Rondônia, e ocorre em escritórios de contabilidade, indústrias de cigarros e residências.

Em Pernambuco, a Polícia Federal realizou uma operação de busca e apreensão de documentos na filial da Huss Willians, na Imbiribeira. “Foram apreendidos uma CPU, boletos de notas fiscais, agendas telefônicas, anotações e documentos”, informou o chefe de comunicação social da Polícia Federal em Pernambuco, Giovanni Santoro. Para Pernambuco, não foi emitido nenhum mandado de prisão. Na Paraíba, documentos e notas fiscais foram apreendidos em outra filial da Huss Willians em Cabedelo, na Grande João Pessoa.

Segundo nota da Polícia Federal, empresas do ramo de bebidas, especialmente cervejarias, estariam usando a distribuidora laranja criada por essa quadrilha, cujos mentores são pessoas envolvidas em fraudes no setor de cigarros. Entre os crimes estão sonegação, utilização de selos de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) falsos, falsificação de marcas e crimes contra o sistema financeiro.

O dinheiro dos golpes, segundo a Polícia Federal, era sacado na boca do caixa ou transitava por contas de laranjas. Segundo informações, a distribuidora laranja possuía liminar para a venda de cigarros sem IPI e repassava o produto para outras distribuidoras. E continou fazendo esta ação mesmo após ter perdido, na Justiça, a liminar.

CONIVÊNCIA

A investigação descobriu ainda que um dos contadores da quadrilha tinha apoio de servidores da Receital, um deles uma auditora fiscal da região metropolitana de São Paulo. Ela repassava à organização informações sigilosas sobre operações e reuniões internas do órgão. A Corregedoria-Geral da Receita terá acesso ao material produzido durante as investigações para apurar a responsabilidade desses servidores. Há uma suspeita de que a quadrilha era composta por um membro de uma influente família de Minas Gerais.

Na operação, a PF apreendeu dinheiro, jóias e carros de luxo, incluindo uma Mercedes McLaren, de fabricação restrita e que mostra como a quadrilha acumulou rapidamente muito dinheiro com o esquema de sonegação.

Fonte: Jornal do Commercio

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