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NE padece com baixa arrecadação

15 de janeiro de 2007

 

Se os estados mais ricos do País sofrem com dívidas difíceis de pagar, no Nordeste, Região que concentra os estados mais pobres, os recursos são menores e os problemas, maiores. O Ceará é um dos casos mais graves desse início de mandato, já que foi o único a anunciar suspensão do pagamento de servidores. O aumento de receitas é um “nó” a ser desatado, pois a economia brasileira está crescendo pouco e a base de arrecadação dos estados acompanha esse ritmo lento. E como a arrecadação não sobe, o corte de gastos é o mote da maioria dos novos governos.

O secretário da Fazenda do Ceará, Mauro Filho, já tem na ponta da língua quanto e de onde vai reduzir custos: 25% em pessoal terceirizado, 15% no custeio da máquina, 25% nos cargos comissionados e integralmente no Trabalho Técnico Relevante (gratificação para funções comissionadas). “Para corrigir, é preciso que sejam adotadas algumas medidas gerenciais. Aqui, os contratos e convênios já estão suspensos para que os valores possam ser redimensionados”, declarou. O governador Cid Gomes quer recadastrar, a partir de março, os 133 mil servidores, entre ativos, inativos e pensionistas, que geram uma despesa anual de R$ 3,4 bilhões.

Em Sergipe, Marcelo Déda (PT) determinou a suspensão de licitações, convênios, contratos em andamento e também pediu a exoneração de todos os ocupantes de cargos em comissão de natureza especial (CCE). Além disso, suspendeu, por dois meses, a contratação de serviços de terceiros e de empresas prestadoras de serviços e a aquisição de veículos, equipamentos, máquinas e material em geral. Aos secretários de Estado, determinou a redução de 20% nas despesas de custeio das pastas.

Em Alagoas, a nova titular da Fazenda, Fernanda Vilela, pretende combater todo tipo de sonegação fiscal, além de fazer um cruzamento de nomes e salários de funcionários, evitando excessos no pagamento da folha. A advogada tributarista já falou em enxugar a gestão e implantar uma nova política de atração de empresas para o local.

O economista e ex-secretário da Fazenda de Pernambuco Jorge Jatobá afirmou que a redução de gastos é o caminho natural para recuperar as receitas do Estado. “A sociedade não suporta mais aumentos de tributos (que resultariam em crescimento das receitas públicas). É a hora dos governos cortarem custos, porque há muitos desperdícios”, completou.

Fonte: Folha de Pernambuco

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