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MAIOR PROCURA ENCARECE ALUGUEL DE RESIDENCIAIS

11 de julho de 2007

Os administradores de imóveis estão numa campanha para tornar os investimentos no setor mais atrativos. A perspectiva é ampliar o número de unidades disponíveis para locação, com a modificação da lei do inquilinato, com a redução da carga tributária e com a perspectiva de maior rentabilidade diante do mercado financeiro. Em Pernambuco e em vários Estados, como Santa Catarina, a oferta de imóveis bem conservados com aluguel no valor de R$ 500 e R$ 1.000 – os mais procurados – já é insuficiente. Com isso, o reajuste está ficando mais elevado.

Segundo Luciano Novaes, presidente do Sindicato da Habitação de Pernambuco (Secovi-PE), os imóveis com aluguel nessa faixa levam 15 dias para serem alugados. Eles representam 30% da carteira. São os mais procurados, mas nem sempre há unidade disponível. O preço do aluguel dos residenciais está subindo na faixa de 10% a 15%. “Está ocorrendo aumento da renda das pessoas, que buscam esse tipo de imóvel, e não houve investimento”.

O corretor Elísio Cruz Júnior conta que, no momento de renovação dos contratos, os valores estão sendo atualizados num percentual bem acima do IGP-M – usado normalmente para corrigir os preços. “Normalmente estamos trazendo o preço da locação para 0,7% do valor do imóvel no mercado”.

Novaes ressalta a atuação da Rede Avançada de Locação (RAL), junto ao Congresso Nacional, pela mudança na atual lei do inquilinato, que hoje gera uma insegurança ao investidor pela burocratização e demora no despejo do inquilino inadimplente. Por causa de todos os trâmites na Justiça, esse processo leva em média 14 meses até a execução do despejo. A proposta da RAL é o fim do prazo para purgar mora (pagar débito). Quando a questão chegar à Justiça, o inquilino teria 15 dias para comprovar que pagou ou efetuar o pagamento.

Outra mudança que está sendo pleiteada é a modificação da tributação. Atualmente, o Imposto de Renda é de 27,5%. A RAL defende que a renda obtida pelos imóveis seja tributada da mesma forma como acontece no mercado financeiro, com redução dos percentuais.

Com essas mudanças, a perspectiva é que mais proprietários coloquem imóveis para locação, o que deverá baratear o preço do aluguel. De acordo com dados da RAL, existem 2 milhões de imóveis fechados no Brasil. Pelo dados divulgados pela entidade, a carência de unidades disponíveis também é visível em Belo Horizonte e em Curitiba.

Elísio Cruz Júnior comenta que a retomada dos investimentos já começou a acontecer porque o mercado imobiliário está rentabilizando de forma competitiva diante da resposta do mercado financeiro, que sente o reflexo da redução da taxa de juros.

Fonte: Jornal do Commercio

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