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Liberou geral no Centro

11 de outubro de 2012
O Centro do Recife foi tomado de vez pelos ambulantes e parece abandonado pelo poder público. Até ruas que nunca tinham sido invadidas pelos camelôs acabaram ocupadas por barracas onde se vende de tudo: de CDs piratas, passando por brinquedos, até alimentação e vestuário. Os planos de reordenamento das principais vias da área, baseados nos princípios de cadastramento, organização e limpeza, deram lugar ao caos. Sujeira e falta de segurança imperam. Tudo isso é discutido entre os trabalhadores informais e divide opiniões. Muitos querem deixar a situação como está e dizem que seria melhor pra eles e para a população. Outros preferem o cadastramento e a oficialização da atividade, com um lugar próprio para as vendas, um shopping popular.
 
A Diretoria de Controle Urbano da Prefeitura do Recife (Dircon) contabiliza cerca de três mil ambulantes atuando no Centro expandido do Recife, no trecho que vai do Canal do Tacaruna até o Marco Zero. Mas os camelôs estão espalhados por ruas estreitas, deixa pouco espaço para pedestres e veículos. Pedestres que andam pelas Avenidas Dantas Barreto e Conde da Boa Vista, por exemplo, estão quase perdendo as calçadas para o comércio. Os pontos de ônibus ganharam como vizinhas várias barracas, algumas já invadindo os principais corredores para coletivos.
 
Na Rua Tobias Barreto, bairro de São José, é quase impossível circular por causa da quantidade de barracas dos dois lados. Os pedestres ainda dividem o espaço com motos, vendedores de lojas passando pra lá e pra cá com carrinhos de carga. Difícil até parar e comprar alguma coisa com tanto tumulto. "Tenho minha lojinha fixa desde 1990. Seria melhor organizar tudo, colocar os camelôs num lugar pra eles. A rua ficaria limpa, eles seriam mais valorizados e quem tem loja, como eu, não teria a fachada ocupada por tantas barracas", disse o comerciante Josenildo Alves.
 
Para o camelô César Sandro, a rua é do povo e os vendedores deveriam ter a liberdade de ir e vir, em qualquer lugar. "Muita gente desempregada e que não conseguiu nada no comércio, como eu, partiu para ganhar a vida vendendo qualquer coisa na rua."
 
Na Rua do Hospício, alguns vendedores ainda resistem na calçada em frente a um complexo de lojas. São poucos e sempre assustados. "A gente tem medo de que os fiscais venham pra tirar a gente." Por meio de nota oficial, a Dircon informou que a Prefeitura do Recife tem realizado várias ações para requalificar e ordenar o Centro e resgatar o valor econômico e histórico da área. 

Fonte: Jornal do Commercio

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