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INSS critica greve de servidores
21 de setembro de 2006 SÃO PAULO – O Ministério da Previdência considera grave a nova greve nacional dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que foi deflagrada ontem e deve durar até hoje.
Neste ano, os funcionários do órgão já fizeram ao menos quatro paralisações. Em nota divulgada ontem, o ministério afirma que desde o último dia 5 um grupo de trabalho com representantes do governo, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS) e da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde e Previdência Social (Fenasps) já discute alterações no plano de carreira da categoria, principal justificativa para a greve.
Apesar de admitir que a discussão sobre a reestruturação da carreira começou em 2005 e ainda não foi concluída, o governo afirma que o grupo de trabalho se reuniu no dia 15 e vai conversar de novo no dia 22 para avançar com o objetivo de avançar nas negociações.
No Estado de São Paulo, 65 das 170 agências do INSS têm o funcionamento prejudicado devido à greve dos servidores, que têm abrangência nacional. Em Pernambuco, a população também sofreu com a paralisação dos servidores (leia matéria ao lado).
Anteontem, terminou a greve dos médicos peritos do INSS, que estavam desde a semana passada parados para reivindicar mais segurança no trabalho. O Ministério da Previdência informou que as perícias já voltaram a ser realizadas, mas os atendimentos ainda não são realizados em parte das agências.
MAIS SEGURANÇA – Funcionários do INSS e outros representantes dos servidores federais realizaram uma manifestação ontem pela manhã em frente à agência do INSS, em Governador Valadares (MG). O ato lembrou o assassinato de Maria Cristina Souza Felipe da Silva, de 56 anos, chefe do serviço de perícia médica da cidade.
O crime, no último dia 13, estendeu a paralisação nacional dos médicos peritos.
Em Governador Valadares, porém, segundo Rodolfo Júnior Teixeira, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social, Saúde, Previdência, Trabalho e Assistência Social em Minas Gerais (Sintsprev-MG), o serviço de perícia médica continuava sendo prestado pelo efetivo mínimo de 30%.
De acordo com Teixeira, o protesto era em apoio aos familiares da vítima e por melhores condições de trabalho. Um dos quatro filhos de Maria Cristina participou da manifestação, que reuniu cerca de 60 pessoas. A convicção dos familiares e da força-tarefa, formada pelas polícias Federal e Civil, que investiga o homicídio, é que a médica foi morta em virtude de sua atuação profissional.
Fonte: Jornal do Commercio
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