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Grevista recebe dias parados

12 de setembro de 2012
BRASÍLIA – O governo federal depositará hoje R$ 13,3 milhões na conta de 8.932 servidores do Executivo que participaram das greves que pararam o Brasil ao longo dos últimos três meses. O Ministério do Planejamento informou que o valor corresponde a 50% do salário descontado desses trabalhadores entre 15 de julho e 15 de agosto, mas os servidores do IBGE terão a devolução de 100% dos dias parados. O governo informou que eles terão tratamento diferenciado, porque apresentaram um plano de reposição dos dias parados durante a mesa de negociação em que discutiram o encerramento da greve.
O montante devolvido contemplará apenas as categorias que decidiram encerrar as paralisações. No corte de ponto de 11.495 servidores anunciado no mês passado, o quadro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi o mais afetado. Ao todo, 3.379 funcionários do órgão ou 52,4% de sua força de trabalho sofreram uma baixa em seus contracheques.
 
De acordo com o Planejamento, a devolução dos outros 50% das demais categorias dependerá da apresentação do plano de reposição dos dias de paralisação. Como a ministra Miriam Belchior antecipou na divulgação da proposta orçamentária, no último dia 30, os cronogramas dos sindicatos deverão ser aprovados por sua pasta.
 
A decisão do governo acirrou os ânimos das outras categorias. Josemilton Costa, secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), disse que o governo não deixou claro que haveria a possibilidade de todo o dinheiro ser devolvido de uma vez. "Entendemos que, mesmo com um plano de reposição, a segunda metade seria paga em outubro. Se soubéssemos, teríamos corrido para apresentar os cronogramas. Faltou um tratamento isonômico", criticou.
 
Com a participação de mais de 300 mil servidores – nas contas dos sindicatos – a greve mudou a relação da equipe da presidente Dilma Rousseff com essas entidades. Depois de prejuízos para setores importantes da economia brasileira, sobretudo nos portos, o governo está elaborando um projeto de lei para disciplinar as greves, tema evitado desde a Constituição de 1988.
 
Para acabar com as greves, o governo fechou acordo com 93% dos servidores públicos federais, o que levará a um gasto de R$ 10,3 bilhões no orçamento do ano que vem. Até 2015, a fatura chegará a R$ 32,4 bilhões para os três Poderes.
 
A maioria dos trabalhadores receberá um reajuste de 15,8% em três anos. Os militares receberam uma proposta diferenciada, de 30% em três parcelas.
 
Servidores do Incra e agentes da Polícia Federal permanecem de braços cruzados.
 
Auditores da Receita Federal continuam as operações-padrão iniciadas em 18 de junho, com retenção de cargas e formação de filas nos portos. Hoje, eles chegam ao segundo dia de paralisação na zona secundária, onde realizam atividades como o acompanhamento das declarações de imposto de renda dos contribuintes e empresas.
 
CONCURSO
O governo pretende contratar ao longo de 2013 mais 61.682 servidores públicos federais, o que dever gerar um impacto na folha de pessoal da União de R$ 5,1 bilhões.
 

Na esteira das negociações feitas pelo governo que resultaram em aumentos salariais para o servidor federal, meia centena de projetos foi encaminhada ao Congresso por Executivo, Legislativo e Judiciário prevendo mais despesas com a criação no total de 63.075 cargos.

Fonte: Jornal do Commercio

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