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Fundo do servidor em xeque

28 de fevereiro de 2012

O governo federal enfrentará amanhã a primeira das várias batalhas que travará com o funcionalismo público e com os sindicatos que representam a categoria ao longo de 2012. O plenário da Câmara votará o Fundo de Previdência dos Servidores Públicos Federais (Funpresp), um projeto que está no Congresso desde 2007 e que a presidente Dilma Rousseff definiu como prioridade. Os sindicatos já prometeram mobilização contra o projeto. “Vamos panfletar no aeroporto e no Congresso a partir de hoje”, ameaça o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Josenilton Costa.

A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, não demonstra preocupação com a pressão dos sindicatos. “Não é possível haver dois regimes de aposentadoria tão diferenciados como os da iniciativa privada e o do serviço público. Isso é insustentável”, disse. “Da mesma forma que, com uma inflação controlada, é insustentável uma categoria como o Judiciário querer 56% de aumento salarial”, provocou a ministra, apontando outro ponto de embate entre o Executivo e o sindicalismo em 2012.

A comparação da ministra é com o fato de os servidores poderem aposentar-se com vencimentos integrais, enquanto os trabalhadores privados têm de se contentar com o teto do INSS, aproximadamente R$ 3,2 mil. Se quiserem uma aposentadoria mais tranquila, têm de contribuir com um plano de previdência privada. Além disso, a comparação do déficit nos dois setores é brutal: o da previdência do serviço público é de R$ 56 bilhões para atender 1,1 milhão de aposentados. Já o do INSS é de R$ 36 bilhões para custear a aposentadoria de 29,7 milhões de pessoas.

Fonte: Valor Econômico

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