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Exportações por Suape podem ficar mais baratas

20 de julho de 2007

As exportações pelo Porto de Suape podem ficar até 15% mais baratas a partir de agosto. Está em curso uma negociação entre a administração portuária, o operador Tecon, armadores e Receita Federal para baixar custos e simplificar uma série de procedimentos que hoje reduzem a competitividade do porto pernambucano. Em geral, os exportadores têm preferido exportar por Pecém (CE) ou Salvador (BA) por encontrar nesses locais preços mais baixos e maior freqüência de linhas. Caso as medidas sejam de fato implementadas, o volume de exportações em Suape deve crescer entre 30% e 40%.

Ontem, o secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente de Suape, Fernando Bezerra Coelho, esteve reunido em Petrolina com empresários da Valexport, associação que congrega produtores e exportadores de hortigranjeiros e derivados do Vale do São Francisco. As novas tarifas e outros detalhes serão definidos na próxima quinta-feira, numa segunda reunião, esta em Suape. “Esses novos valores vão vigorar em caráter experimental até o dia30 de novembro, quando então faremos uma análise dos efeitos que ela irá trazer em termos de movimentação”, declarou Bezerra Coelho.

O presidente da Valexport, José Gualberto de Almeida, e o presidente da Tecon, Sérgio Kano, não foram localizados para comentar o assunto. Em 2006, Suape exportou 4.678 toneladas de uva e manga do São Francisco. No próximo 1º de agosto, começa a exportação da safra de frutas deste ano. O vice-presidente executivo de Suape, Sidnei Ayres, explica que as discussões devem levar a uma redução das taxas portuárias de R$ 80 a R$ 100 (cerca de 15%) por contêiner, no custo total da operação.

“Queremos mostrar que somos competitivos. Essa redução deve nos equiparar a Pecém e Salvador”, diz Ayres. Ele admite que não é de hoje que os exportadores reclamam dos custos de Suape, mas lembra que a culpa não é somente do porto. “Operador e armadores também têm sua responsabilidade e devem sentar com a gente para negociar, só assim identificaremos os gargalos”, completa.

Desembaraço – Suape negocia ainda com a Receita Federal a implantação de uma espécie de zona primária em Petrolina. Com isso, o desembaraço da mercadoria seria feito na origem, fazendo com que as cargas já chegassem ao porto desembaraçadas, agilizando o embarque. O presidente da Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe), Ranilson Ramos, elogiou a iniciativa. “Acho louvável que eles tenham chegado à conclusão de que os preços estão altos. Esse era um dos objetivos da nossa fiscalização”, afirmou. Em maio, a Arpe iniciou uma fiscalização na empresa Tecon Suape, mas a ação foi suspensa por decisão judicial um mês depois.

Fonte: Diário de Pernambuco

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