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Empresas adotam nota fiscal virtual

8 de julho de 2006

 

A nota fiscal eletrônica (NF-e) caiu no gosto dos empresários brasileiros. Pesquisa da Associação Brasileira de E-business com 224 empresas revela que 80% têm interesse em adotar o novo modelo on-line de registro das operações fiscais. Outra fatia de 26,5% aguarda apenas a permissão do governo para iniciar a operação. Atualmente seis estados (São Paulo, Bahia, Goiás, Maranhão, Rio Grande do Norte, Santa Catarina) já implantaram a NF-e através de projeto piloto. Pernambuco aderiu ao protocolo, mas ainda não adotou a sistemática.

A atratividade do novo modelo se deve a economia inicial de 3% a 5% com a eliminação de papéis e impressão, além do conforto de se livrar de documentos fiscais, cujo prazo máximo de validade é de cinco anos. Para os fiscos, a vantagem maior é o controle das operações, com a redução das fraudes fiscais. Dois segmentos econômicos bastante beneficiados são os de combustíveis e cigarros.

Além da redução de custos com papéis e impressão, as empresas consultadas apontam a diminuição da concorrência desleal como outro benefício da NF-e. Richard Lowental, presidente da Associação Brasileira de E-business, diz que a maioria das empresas espera se adequar rápido ao novo modelo de operação eletrônica.

Segundo ele, uma dificuldade apontada é o convencimento dos clientes em aderir ao sistema. “As empresas querem implantar a nota eletrônica, acham que será difícil envolver todos os fornecedores”, diz. Mesmo com boa receptividade, a maioria (71,8%) das empresas que participaram da pesquisa afirmam desconhecer o montante do investimento necessário para adotar a NF-e. Para Lowental, o custo estimado para a adequação dos sistemas de informática deve variar entre R$ 20 mil a R$ 300 mil.

Atualmente, o projeto piloto de NF-e conta com a participação de 19 empresas do país nos seis estados. Entre elas estão: Volkswagen, Ford, General Motors, Toyota, Souza Cruz e Eletropaulo. Eudaldo Almeida de Jesus, coordenador geral do projeto no Encat e Superintendente de Administração Tributária da Secretaria da Fazenda da Bahia, diz que algumas dessas empresas pretendem usar a partir de agosto apenas a NF-e. “São muitos os ganhos para as empresas e para os estados”, avalia.

Almeida explica que o contribuinte em seu próprio ambiente emite a NF-e e transmite para a base de dados das secretarias da Fazenda dos estados. Para isso, a empresa utiliza uma assinatura digital validada pelos fiscos. As informações contidas na NF-e são repassadas para a base de dados da Receita Federal e para o estado de origem da mercadoria. Questionado sobre o prazo máximo para a implantação do novo modelo, Almeida diz que os projetos pilotos estão em análise e poderão ser ampliados para outros estados ainda este ano.

Fonte: Diário de Pernambuco

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