Notícias da Fenafisco
Construtoras criticam burocracia
24 de julho de 2007O setor de construção civil do Estado reclama da lentidão do governo no pagamento das obras contratadas. “Estamos com muita dificuldade para receber dinheiro do governo do Estado. Com a mudança de governo, as secretarias estão se ajustando, mas já levaram sete meses para arrumar a casa”, critica Gustavo Miranda, diretor de Obras Públicas e de Relação com Órgãos Públicos do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon/PE). O empresário conta que o dinheiro está preso, sendo liberado com 90, 120 dias ou mais dias de atraso. “A gente ouve todo tipo de desculpa para a demora, menos falta de dinheiro”.
Nem todos os órgãos estão atrasando, mas Miranda cita os exemplos das secretarias de Saúde, Transporte, Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Educação, do Promata. “O DER começou a pagar as primeiras faturas dos contratos de conservação de rodovias, um trabalho rotineiro, somente em julho”, comenta. No caso da Educação, houve atraso no pagamento das escolas emergenciais.
Eugênio Morais, presidente do DER, respondeu que todos os pagamentos estão sendo feitos, embora admita um atraso inicial. “Houve demora no início, estamos chegando no governo, mas isso já foi solucionado”. A Secretaria de Educação respondeu que somente duas construtoras, de um total de cinco contratadas para a construção das escolas emergenciais, não foram pagas ainda por problemas. Uma delas, a Dornellas Engenharia, tinha preenchido uma nota fiscal incorretamente. A outra, a Camilo Brito, tinha deixado de apresentar uma documentação.
Renato Dornellas, sócio da Dornellas Engenharia, comenta que realmente houve um erro no preenchimento da nota fiscal. Mas o empresário reclama da burocracia dentro do órgão público para informar o erro, receber a correção e autorizar o pagamento. “O que existe é a falta de padronização dos procedimentos burocráticos”. Renato disse que é a primeira vez que a empresa realiza um serviço para a Secretaria e que, portanto, não pode falar de outros atrasos. “Mas eu ouço muito a reclamação de outras empresas”. O JC tentou contato com a Camilo Dias, mas não conseguiu.
A Secretaria da Fazenda respondeu que todos os pagamentos estão sendo efetuados. No caso do Promata, Gustavo Miranda conta que houve uma deliberação para que não fossem pagas as medições ocorridas a partir de abril.
Lúcia Gurgel, superintendente-técnica do Promata, admite que as medições feitas a partir daquele mês realmente não estão sendo pagas. Ela argumenta que o órgão recebeu denúncias de irregularidades por pessoas das cidades onde ficam as estradas vicinais que receberam tratamento por construtoras para que ficassem mais trafegáveis. As denúncias dão conta que o material usado pelas construtoras não resistiu às chuvas. “Os pagamentos só serão feitos depois de uma auditoria”.
Fonte: Jornal do Commercio
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