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Combustíveis terão reajuste. Falta a data

30 de outubro de 2012
RIO E SÃO PAULO – Com a produção em baixa, o mercado se volta agora para a possibilidade de aumento no preço dos combustíveis para melhorar o caixa da Petrobras. A empresa ainda não tem uma data para aumentos, mas a presidente da empresa, Graça Foster, reafirmou ontem que a companhia espera reajuste.
 
"Certamente, em algum momento esperamos ter preços que façam com que recuperemos os valores hoje menores, por estarmos com o preço na bomba diferente do preço na bomba no exterior", disse, em palestra a alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Evidentemente, quem investe como a Petrobras investe, não pode passar longos tempos sem fazer uma recuperação de seus preços."
 
Na sede da empresa, o diretor Financeiro da Petrobras, Almir Guilherme Barbassa, mostrou em gráfico que a defasagem em relação aos preços internacionais aumentou no terceiro trimestre. Para o Bradesco, a diferença estava em 22% na semana passada, mesmo após os reajustes de junho e julho.
 
Barbassa confirmou que o plano de negócios 2012-2016, divulgado em junho, tinha como premissa um reajuste de 15% no diesel e na gasolina. Foram concedidos menos de 8% para a gasolina e pouco mais de 10% para o diesel. Sem o restante, parte dos US$ 27,8 bilhões de projetos em análise poderão ser reavaliados, disse. "A incorporação de novos projetos vai passar por disponibilidade de recursos e disciplina de capital rigorosa", disse Barbassa.
 
Um dos exemplos é o anúncio de que a Petrobras poderá reavaliar um aporte na Logum Logística, da qual é sócia, para construção de um duto de etanol. O diretor de Abastecimento, José Carlos Cosenza, afirmou que a Petrobras tem até março para avaliar investimento "dentro das premissas do plano de negócios".
 
O Itaú BBA acredita que a empresa já convenceu o governo da necessidade de aumento, embora ainda devam estar sendo avaliados impactos na inflação. "Ou seja, pode demorar mais tempo do que o previsto", afirmam os analistas Paula Kovarsky e Diego Mendes em relatório. A expectativa de reajuste é um dos motivos para o BTG Pactual manter a recomendação de compra dos papéis. "Na nossa visão, o aumento do preço dos combustíveis pode trazer a estatal mais perto da paridade nos próximos meses", disseram Gustavo Gattass e Luiz Felipe Carvalho.
 
Apesar de alguns projetos poderem ser cancelados ou postergados por falta de reajuste, Barbassa afirmou que a companhia tem fôlego de caixa para aguardar a venda de ativos no exterior, cujas negociações estão levando mais tempo que o previsto. Entre eles estão os blocos da Petrobras no Golfo do México. No próximo trimestre deve entrar captações feitas na Europa em euro e libra e R$ 1,7 bilhão de uma dívida já negociada com a Eletrobras pela venda de óleo combustível a térmicas do Norte. 

Fonte: Jornal do Commercio

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