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Cinco meses só para pagar tributos

22 de maio de 2014

SÃO PAULO – Neste ano, o brasileiro terá que trabalhar até o dia 31 de maio apenas para pagar os tributos cobrados pelos governos federal, estadual e municipal.

O período tem um dia a mais do que em 2012 e 2013, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).

A tributação sobre salários, consumo, patrimônio e outras taxas fizeram com que o contribuinte comprometesse 41,3% de seu rendimento bruto para pagá-la.

Em dez anos, essa fatia cresceu 3,5 pontos percentuais – em 2004 era de 37,81%.

PAÍSES

O tempo que o brasileiro precisa trabalhar para pagar os tributos é mais que o dobro do período necessário no México (71).

Segundo o presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike, em dezenas de países onde a carga tributária é maior do que no Brasil, os cidadãos destinam menos dias de trabalho para o recolhimento de tributos.

"O Brasil exige que o cidadão trabalhe mais do que os habitantes de países como a Hungria, onde são necessários 142 dias para o pagamento de impostos, a Alemanha, com 138 dias, e a Bélgica, onde a média é de 102 dias de trabalho", disse Olenike, em comunicado.

O presidente do instituto também disse que a quantidade de dias trabalhados no País se aproxima da Noruega (154 dias), mas que no país os cidadãos tem qualidade de vida superior. Em muitos estudos, aliás, a Noruega surge como o país com maior qualidade de vida.

Se incluirmos os gastos em saúde, educação e outros serviços particulares, o brasileiro destinará uma parcela ainda maior de seus rendimentos para compensar a ineficiência do governo.

ESTUDO

No levantamento, o IBPT considerou tributos incidentes sobre salários e honorários, como Imposto de Renda e contribuições previdenciárias, os tributos embutidos nos produtos e serviços, como PIS, COFINS, ICMS, IPI, ISS e também sobre o patrimônio, entre os quais se incluem IPTU, IPVA, ITCMD, ITBI e ITR. As taxas de limpeza pública, coleta de lixo, emissão de documentos, além de contribuições, também entraram no cálculo do IBPT.

Fonte: Jornal do Commercio

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