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Centrais sindicais dão apoio a servidores

13 de agosto de 2012

SÃO PAULO – Cinco centrais sindicais, entre elas Força Sindical, CUT e UGT, divulgaram nota conjunta ontem na qual formalizam apoio à greve dos servidores federais e rechaçam o modo como o governo tem conduzido as negociações. "Repudiamos todas as formas de autoritarismo no trato com reivindicações legítimas dos trabalhadores do setor público". O documento, subscrito também por CTB e Nova Central, afirma ainda que as paralisações por reajuste salarial, benefícios sociais e econômicos são legítimas e criticou o endurecimento do governo federal com os servidores que cruzaram os braços.

"Cortar o ponto e substituir grevistas por outros trabalhadores serve apenas para acirrar os ânimos e pôr lenha na fogueira do descontentamento do funcionalismo público federal." As manifestações já abrangem aproximadamente 30 categorias e cerca de 350 mil servidores, entre policiais federais, fiscais da receita, inspetores da vigilância sanitária, professores e outros.
 
João Carlos Gonçalves Juruna, secretário-geral da Força Sindical, acredita que se o governo não tem como dar o reajuste, deve oferecer o que pode e dialogar: "Ameaças não acabam com a greve nem agora nem na época da ditadura", afirmou.
 
Vagner Freitas, presidente da CUT, também pede a retomada das negociações: "O governo tem que fazer proposta e receber as entidades representativas que foram eleitas pelos servidores".
 
A estratégia ventilada no governo é isolar a CUT e outras centrais sindicais e negociar direto com os servidores. A presidente Dilma Rousseff estaria irritada particularmente com a CUT, braço sindical do PT, pela incompreensão num momento de crise econômica internacional e queda na arrecadação. Sobre a polêmica, Freitas foi categórico: "Não recebemos essa reclamação. A CUT é solidária aos sindicatos que ela representa. Tem que ter uma solução porque a sociedade brasileira necessita de serviços públicos com qualidade e os servidores querem fazer isso".
 
Na nota, o movimento sindical também endossou apoio à reivindicação dos grevistas quanto à regulamentação em lei da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata do direito de negociação coletiva para soluções de conflito. Assinam a nota os presidentes das cinco centrais sindicais. A decisão de elaborá-la foi costurada entre os dirigentes das entidades durante plenária da 1ª Conferência Nacional do Trabalho Decente na última sexta-feira, em Brasília.

Fonte: Jornal do Commercio

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