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BANCOS – Tarifa sobe mais para pessoa física

4 de novembro de 2006

 

São Paulo – As tarifas bancárias aumentaram bem mais para a pessoa física do que para as empresas entre 2001 e 2006. A conclusão é de um levantamento feito pelo site Vida Econômica com os 13 principais bancos de varejo do país, que representam 80% dos ativos do setor. Enquanto a maior elevação de tarifa para pessoa jurídica ficou em 4.661%, os clientes pessoa física tiveram casos extremos de aumentos de até 49.900%.

  A explicação está nos elevados volumes movimentados pelas empresas, o que lhes dá maior poder de barganha, afirma Miguel José Ribeiro de Oliveira, responsável pelo trabalho e sócio do site. Segundo ele, o cliente pessoa jurídica é mais criterioso e briga mais por descontos. “Mas isso não os livra de pagar novas tarifas.

  “Na média, o número de serviços cobrados das empresas saltou de 38, em janeiro de 2001, para 58 em junho deste ano. Para a pessoa física, o avanço médio foi de apenas duas novas tarifas, de 39 para 41. A razão é a quantidade de serviços exigidos pelas empresas, bem maior quea de outros clientes, especialmente no comércio exterior e no câmbio. Nessas operações, o número de taxas chega a 17.

  Mas o presidente da consultoria Austin Rating, Erivelto Rodrigues, ressalta que, por causa dos elevados volumes movimentados, as empresas são disputadas pelos bancos. “Nesses casos, as instituições chegam a isentar as companhias de alguns serviços. Mas isso envolve negociações e quanto maior o poder da empresa maiores os benefícios.

  “Além disso, alguns serviços são mais caros para a pessoa física, como é o caso da anuidade do cartão internacional. Esses clientes pagam até R$ 53,80, enquanto as empresas são isentas em boa parte dos bancos. Na confecção do cartão múltiplo adicional, o preço para pessoa física é de R$ 42,80 e para empresas, de R$ 25,50.

Campeão – De acordo com o levantamento do Vida Econômica, o campeão de tarifas cobradas das empresas é o Unibanco, com 64 serviços pagos. Em 2001, o banco ocupava a sétima posição do ranking, que tinha a Caixa Econômica Federal na liderança.Nas tarifas para pessoa física, a Caixa se mantém no topo desde 2001. O Unibanco ocupa a décima posição.

  Entre os bancos que promoveram mais elevações nas tarifas para os consumidores pessoa jurídica, a Nossa Caixa ficou em primeiro lugar. A instituição aumentou o preço de 38 serviços, sendo 22 acima da inflação do período (51,64%, medida pelo IPCA). Na pessoa física, o Bradesco foi o que mais elevou o número de taxas. Foram 32, sendo 13 acima da inflação.

  A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) tem várias restrições ao levantamento e diz que o trabalho não considera a isenção de tarifas para vários clientes, conforme o relacionamento com o banco, nem a ampla disseminação dos pacotes de tarifas.

Fonte: Diário de Pernambuco

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