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Você pode trocar de plano

13 de janeiro de 2013
Nos últimos meses o mercado de saúde suplementar vem presenciando a derrocada de planos de grande abrangência popular. Em Pernambuco, no ano passado a Ideal Saúde foi obrigada a fechar suas portas por não ter condições de cumprir o serviço que oferecia. Atualmente, os clientes da Real Saúde e America Saúde, que fazem parte do mesmo grupo empresarial e juntas possuem 70 mil clientes em suas bases, têm muitas reclamações no ranking da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), sendo que a Real está sob direção técnica, uma espécie de intervenção na administração da empresa.
 
O advogado Diogo Santos diz que isso não quer dizer que as empresas vão sair do mercado, mas também não significa que o cliente deve ficar parado. "Ele pode solicitar a portabilidade de carências e ir para um plano melhor, no caso de não ter o atendimento garantido na atual empresa", informa.
 
Para trocar de plano sem ter de encarar novas carências de atendimento, há alguns pré-requisitos. O principal deles é o tempo em que o consumidor está no plano. Só podem se beneficiar da portabilidade aqueles usuários que estão há mais de dois anos no plano e, no caso daqueles que têm doenças pré-existentes, três anos. Além disso, não é a qualquer hora que o consumidor poderá solicitar a troca. Ela só pode ser pedida num prazo de quatro meses contando a partir da data do aniversário do plano, ou seja, o dia em que o contrato foi assinado. Por exemplo, se no dia de hoje se completa os dois anos mínimos do prazo, o usuário tem até maio para solicitar a portabilidade na prestadora de serviço de seu interesse.
 
Santos explica sobre os cuidados para se contratar uma nova empresa de plano de saúde. "A melhor maneira é procurar no site da ANS (www.ans.gov.br) o número de reclamações. Quanto maior o índice de reclamações, pior será a dificuldade de ter acesso a algum procedimento", comenta.
 
Na visão do advogado, o atual problema das empresas de médio porte do setor de saúde suplementar não é o valor das mensalidades, que, na opinião de profissionais do setor, não são suficientes para arcar com as despesas geradas pelos usuários. "O valor baixo é uma opção de mercado dessas empresas de olho na classe C, que vem melhorando de renda, a partir de 2008. Em vez de apostarem na qualidade dos serviços, elas optaram por comercializar produtos para novos clientes. Mas sem estruturação, vem a crise porque terminam não conseguindo atender a demanda maior de clientes", comenta.
 
Diogo Santos é diretor de uma nova entidade que defende o interesse dos usuários de planos de saúde, o Instituto Apolo em Defesa da Vida e da Saúde (IADV), inaugurada mês passado. Santos diz que o principal diferencial de sua entidade para as outras que defendem na Justiça o interesse de usuários de planos de saúde é a sua aproximação com médicos. "Por meio de palestras orientamos os médicos e profissionais de saúde a orientar seus pacientes no relacionamento com o plano de saúde", comenta. "É, inclusive, obrigação do profissional orientar sobre como o paciente deve lidar com qualquer entidade que intervenha nessa relação." O Instituto Apolo pode ser contatado na internet, pelo endereço www.institutoapolo.org.  

Fonte: Jornal do Commercio

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