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Você não curtiu, mas a economia agradece
8 de janeiro de 2013Se você é daqueles que contam os dias para os feriados, já deve estar sabendo que em 2013 haverá menos “folgas” em dias úteis do que em 2012. Além disso, haverá redução drástica dos imprensados. No Recife, no ano passado, todos os feriados federais, estaduais e municipais que caíram em dias úteis (foram dez no total) ocorreram na terça, quinta ou sexta. Já em 2013 haverá nove dias parados. E será possível emendar com o final de semana em sete ocasiões. Os trabalhadores podem não ter curtido, mas a economia respira aliviada. No Brasil, os prejuízos com os dias parados serão reduzidos em 5%.
Os cálculos são do professor Gabriel Leal de Barros, do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Ele estabeleceu uma relação direta entre o número de feriados e o impacto disso no Produto Interno Bruto (PIB). A conclusão é clara: quanto menos dias úteis, maior o prejuízo para a economia. Considerando apenas os feriados nacionais, Barros estimou que no ano passado R$ 173 bilhões (o equivalente a 4% do PIB brasileiro) deixaram de ser gerados em riqueza. Já para 2013, as perspectivas são menos pessimistas, com previsão de perdas na ordem de R$ 166 bilhões – que deve representar 3,1% do PIB.
O professor da FGV lembra que os cálculos têm como base estimativas e que não consideram os impactos dos feriados estaduais e municipais – nem dos imprensados. “Trata-se de uma projeção conservadora. Se esses outros fatores fossem considerados, com certeza os números seriam bem maiores.” Outro ponto a ser levado em conta é que a pesquisa considera nula a produção de bens e serviços nos feriados (o que não acontece na prática, pois setores como os de lazer funcionam a todo vapor).
Barros ressalta que, apesar do prejuízo geral, nem todos os setores são atingidos. “O setor de turismo e de restaurantes consegue aproveitar os feriados, enquanto o comércio e especialmente a indústria são os ramos mais prejudicados.” Um estudo divulgado no ano passado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) projetou que a indústria de Pernambuco deixaria de produzir R$ 173 milhões em função dos feriados, o que representa quase 5% do PIB estadual.
O presidente da Câmara dos Lojistas do Recife (CDL), Eduardo Catão, comemora a redução dos feriados. “Cada dia fechado é um dia que se perde de venda, já que não conseguimos vender dobrado no dia seguinte. Mesmo que o comércio abra em alguns feriados, ainda há prejuízo porque só sai de casa quem de fato quer comprar algo.” O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Pernambuco (Abrasel-PE), Núncio Natrielli, diz que, no Recife, o setor só é beneficiado quando os feriados caem no meio da semana. “Quando há o imprensado, as pessoas viajam e os restaurantes da capital ficam mais esvaziados, enquanto os das praias ficam cheios.”
Raciocínio semelhante vale para o setor de turismo. O diretor da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Pernambuco (ABIH-PE), Carlos Piriquito, acredita que a redução dos feriados prolongados só deve prejudicar o turismo regional, e não o nacional. “Quem vem de outras regiões não passa três dias no hotel, mas uma semana pelo menos.” Já para o turismo corporativo, ele diz que quanto menos imprensados melhor, pois as viagens de negócios não são reduzidas.
Fonte: Diario de Pernambuco
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