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Uma fraude a cada 15 segundos

10 de novembro de 2012
A cada 15 segundos, um consumidor brasileiro é vítima de tentativa de roubo de identidade para aplicação de golpes financeiros. São pessoas que correm o risco de ter seus cartões de crédito clonados, talões de cheque falsificados e empréstimos bancários feitos em seu nome por golpistas. Os números crescem desde 2010 e atingiram um patamar recorde em 2012. A estatística alarmante é do Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes. Ele mostra que entre janeiro e setembro deste ano, 1,56 milhão de tentativas de golpes foram registradas no País.
 
O número representa um crescimento de 5,9% quando comparado com o total calculado no mesmo período do ano passado (quando ocorreram 1,47 milhão de tentativas) e de 13,7% em relação ao contabilizado em 2010. O setor de serviços responde por 36% do total. São seguradoras, construtoras, imobiliárias e serviços em geral – de contratação de pacotes turísticos a gastos em salões de beleza. Já a telefonia está em segundo lugar, com 33% dos registros. Nesse grupo, o caso mais frequente é o de compra de celulares com documentos falsos ou roubados. O ranking é completado pelos bancos e financeiras (18%), varejo (11%) e outros (2%).
 
"Os golpistas usam os dados das vítimas para obter talões de cheque, cartões de crédito e fazer empréstimos bancários. Depois, os cheques e cartões são utilizados em restaurantes, salões de beleza, na compra de pacotes turísticos, entre outros", explicou o presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro.
 
"É comum, no dia a dia, apresentarmos nossos documentos a quem não conhecemos. Podemos mostrar, por exemplo, a carteira de identidade ou o Cadastro de Pessoa Física (CPF) a funcionários de lojas e porteiros de condomínios. E há ainda os cadastros pela internet. Tudo isso torna difícil ter controle sobre a quem tem acesso aos nossos dados, mas há formas de o consumidor se prevenir. Uma delas é nunca deixar o documento com um desconhecido quando você não estiver por perto", complementou Loureiro.
 
Outra dica importante é acionar imediatamente as empresas (bancos, especialmente) quando documentos forem perdidos ou furtados. A Serasa Experian recomenda cuidado maior no fim de ano, quando a busca por crédito e o movimento no comércio são intensificados.
 
Os dados foram obtidos a partir do cruzamento do total de consultas de CPFs efetuado mensalmente na Serasa Experian, da estimativa do risco de fraude e do valor médio das fraudes efetivamente ocorridas.
 
Os golpes são classificados como o roubo de dados pessoais de consumidores para obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos ou fazer um negócio sob falsidade ideológica. 

Fonte: Jornal do Commercio

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