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Tributos: R$ 500 bi no cofre público

21 de julho de 2007

SÃO PAULO – O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registra, neste domingo, R$ 500 bilhões em impostos pagos pelos brasileiros desde o início do ano. Em 2006 este valor foi alcançado 19 dias mais tarde, em 10 de agosto.

Desde 21 de abril de 2005, o Impostômetro – instalado no prédio da ACSP, no centro de São Paulo – mostra a arrecadação em tempo real. No primeiro semestre deste ano, o equipamento marcou R$ 282,4 bilhões, um aumento de R$ 33,5 bilhões sobre o mesmo período de 2006. E, de acordo com a ACSP, este valor é quase o total que o governo espera arrecadar em 2007 com a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira -CPMF (R$ 36 bilhões).

Segundo a associação, no primeiro semestre foi registrado um crescimento de 10% na arrecadação de impostos ante igual período de 2006. Somente a CPMF cresceu 11,32%, atingindo R$ 17,33 bilhões este ano.

Para 2007, a estimativa é de que o aparelho marque mais de R$ 900 bilhões. “Com o aumento da arrecadação e neste período de reflexão que o Brasil está vivendo, essa é uma boa hora para aliviar a carga de impostos”, afirmou o presidente da ACSP, Alencar Burti.No ano passado, os impostos fecharam em R$ 812,7 bilhões.

Em 2006, a carga tributária brasileira foi de 34,5% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 33,7% do PIB em 2005. O País vem registrando recordes sobre recordes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terminou o primeiro mandato com elevação de 2,5 pontos percentuais da carga tributária. No primeiro trimestre deste ano, a carga alcançou 37,30% do PIB. Descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a carga tributária elevou-se em 10,2%, enquanto a economia sofreu uma expansão de 4,3%. Mas tradicionalmente, o governo arrecada mais nos primeiros três meses do ano, quando vencem tributos como o Imposto de Renda, o IPVA e o IPTU, bem como são recolhidos tributos como o ICMS, PIS e Cofins referentes a dezembro do ano anterior.

No último dia 12, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconheceu a elevada carga do País e declarou que o governo está empenhado para reduzi-la. O ministro admitiu que o empresário brasileiro tem dificuldades de competir com concorrentes de países que pagam uma carga de 20% a 25% do PIB.

Fonte: Jornal do Commercio

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