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Tributos batem recorde pelo 3º ano

13 de julho de 2007

BRASÍLIA e RECIFE – A carga tributária bateu recorde pelo terceiro ano consecutivo em 2006. Os dados anunciados ontem pelo ministro Guido Mantega (Fazenda) mostram que o peso dos impostos na economia foi cerca de 34,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado. Em 2005, a proporção foi de 33,7%. O número final, segundo o ministro, será divulgado brevemente pela Receita Federal.

Com o novo aumento da carga, Lula terminou o primeiro mandato com elevação de 2,5 pontos percentuais desse indicador. Em 2002, conforme cálculo realizado de acordo com os novos dados do PIB do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número ficou em 32% do PIB.

“É, certamente, um número alto”, admitiu o ministro. Antes, durante audiência pública na Câmara, Mantega disparou contra o atual modelo tributário. “A estrutura tributária é injusta, ineficiente e irracional.”

O presidente Lula, no entanto, parece não aceitar que a carga no Brasil é alta. No evento do PAC, no Centro de Convenções em Olinda, Lula criticou as pessoas que querem pagar menos impostos. “Nós, no Brasil, muitas vezes queremos pagar pouco imposto e ter muito benefício. Não tem lógica, não cabe. As pessoas falam da Alemanha, falam da França. Veja quanto as pessoas pagam de imposto lá. Ninguém reclama porque o Estado pode atendê-los. Agora, aqui, as pessoas acham: ‘Eu quero pagar o menos possível e ter o máximo possível’. Essa conta não fecha”, afirmou.

Em Brasília, o ministro Mantega prometeu cortar novos impostos. “Vamos continuar fazendo novas desonerações de modo a equiparar nossa carga tributária com a países que competem com o Brasil”, disse. Mas estudo realizado no ano passado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostra que para essa equiparação acontecer será necessário reduzir a carga em mais de dez pontos. A vizinha Argentina, por exemplo, tem indicador de 21,9%. Chile tem 19,2% e o México, 18,5%.

CPMF

Apesar da intenção de Mantega de cortar tributos, ele não pensa em abrir mão do imposto do cheque. “Seria uma catástrofe se nós não aprovássemos a CPMF”, disse, ao lembrar da expectativa de arrecadação de R$ 30 bilhões em 2007. “Se demorarmos, a cada dia perderemos R$ 152 milhões.”

O governo espera que o Congresso aprove a prorrogação dessa contribuição, cuja vigência termina em dezembro.

Fonte: Jornal do Commercio

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