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Tesouro pára e folha salarial fica ameaçada

28 de junho de 2006

 

BRASÍLIA – A greve dos funcionários do Tesouro Nacional, iniciada na sexta-feira passada, já afeta as operações de venda de títulos públicos e ameaça comprometer o pagamento de salários do funcionalismo federal e as transferências de recursos da União para Estados e municípios. Por causa da paralisação, que atinge cerca de 90% dos funcionários da instituição, o Tesouro anunciou ontem que não realizaria alguns leilões de títulos NTN-B, atrelados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), nesta semana e também não venderá títulos por meio do Tesouro Direto – o sistema de vendas de papéis para pessoa física por meio da internet.

O secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Paulo Valle, informou que, para garantir pelo menos parcialmente as operações de rolagem da dívida interna, a instituição criou um “plano de contingência”, envolvendo os coordenadores e coordenadores-gerais, que, por possuírem cargos de chefia não estão participando da greve. Esse plano vai garantir a realização do leilão de títulos prefixados (LTN), previsto para amanhã. Permitirá também as operações de resgate dos títulos adquiridos no Tesouro Direto, realizadas todas as quartas-feiras.

Paulo Valle reconhece que a adesão à greve é significativa, mas acredita em uma solução rápida para o problema. Ele garantiu que a paralisação não vai afetar a estratégia de rolagem da dívida pública, porque o plano de contingência vai garantir os principais leilões previstos pelo Tesouro. Os funcionários do Tesouro reivindicam a equiparação salarial com os auditores fiscais da Receita Federal.

Anteontem, o secretário do Tesouro, Carlos Kawall, conversou com Mantega e pediu que o reajuste dado aos auditores, que ainda não está definido, seja também concedido aos funcionários do Tesouro.

Fonte: Jornal do Commercio

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