O sistema de pagamento exigido pela Secretaria da Fazenda, o TEF (Transferência Eletrônica de Fundos), já é conhecido dos consumidores. Pode ser visto em grandes estabelecimentos como supermercados, farmácias e magazines. Nesses locais é possível observar duas coisas. Da mesma máquina saem o comprovante da transação com a operadora de cartão e o cupom fiscal. No entanto, é comum enfrentar uma boa fila para fazer esse pagamento. A polêmica do uso do TEF nos bares e restaurantes é que, no setor de gastronomia, o cliente não está disposto a aceitar este tipo de demora.

A questão não envolve apenas os equipamentos volantes. Em vez de várias máquinas de cartões de crédito, no TEF é passado em uma única entrada, que fica no teclado das máquinas. E, ao contrário do POS onde é possível processar várias contas simultaneamente, no TEF é uma por vez. Segundo Bobby Fong, da Abrasel, o tempo de operação com o POS era de 30 segundos. “Isso dobra com o TEF. Em uma conta de bar que será rateada por várias pessoas, se der qualquer problema com a operadora de um dos cartões, é preciso recomeçar o pagamento”.

Lula Sampaio, sócio de sete restaurantes do Recife como Leite, Alfaiate, Barazzone, Proto Ferreiro, Bar do Neno, Bar do Lula e Copo Americano, lembra que a demanda para pagamentos por cartões está cada vez maior. “No Copo Americano, 95% das contas são pagas com cartão. As filas são constantes e os clientes não entendem que isso não é culpa do estabelecimento e sim do sistema que somos obrigados a usar”, diz ele.

Fonte: Diário de Pernambuco