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Taxista que recusar passageiro será punido

22 de janeiro de 2013
Morar perto dos focos da folia parece vantagem, mas nem sempre é. Que o diga a relações públicas Gabriella Freitas, de 35 anos. Todo carnaval, ela sofre na hora de voltar para casa. O motivo? As frequentes recusas de taxistas, que só querem fazer corridas de longa distância. “Nunca querem me levar para a Encruzilhada. Da última vez, precisei pegar um ônibus com uma amiga e correr da parada até a minha casa”, reclamou. Para 2013, Gabriella está mais confiante de que o problema não vai se repetir. Afinal, a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) do Recife e a prefeitura de Olinda prometeram intensificar a fiscalização nas áreas de embarque e desembarque de passageiros, no Bairro do Recife e na Cidade Alta.
 
No Recife, a CTTU colocará agentes para fiscalizar os táxis que ficarão nos pontos localizados nas pontes que dão acesso ao Bairro do Recife. Alguns poderão, inclusive, estar disfarçados de foliões. “A ideia é coibir atitudes abusivas, como a recusa ou a combinação prévia do preço da corrida”, explica a diretora de transportes do órgão, Sandra Barbosa. Segundo ela, os passageiros prejudicados poderão prestar queixa diretamente aos agentes, nas áreas de embarque e desembarque. Os infratores serão advertidos e estarão sujeitos a autuação e multa de R$ 92,50. Em casos extremos ou de reincidência, poderão ser suspensos por até seis meses e ter a permissão para o exercício da profissão cassada. Também é possível fazer a denúncia pelo fone 0800 081 1078.
 
Embora só tenha competência para atuar em casos que envolvam taxistas com permissão para circular no Recife, a CTTU também receberá queixas contra profissionais de outros municípios, desde que o incidente aconteça na capital. A entidade irá receber as reclamações e, depois, encaminhá-las para os órgãos de trânsito e transporte da cidade onde o motorista está cadastrado.
 
Em Olinda, a fiscalização também será reforçada nos focos de folia, em áreas próximas ao Mercado Eufrásio Barbosa, à Praça do Carmo e ao Hospital Tricentenário, entre outras. “Se o taxista negar a corrida ou não quiser usar o taxímetro, poderá ser penalizado em cem bandeiradas (R$ 380) ou em cassação. Pela lei, isso é considerado um ato gravíssimo, que leva à abertura de um inquérito administrativo”, afirmou o diretor de transportes e trânsito da cidade, Gerlan Nunes.
 
O presidente do Sindicato dos Taxistas de Pernambuco, Everaldo Menezes, aprovou a medida e disse que vem realizando um trabalho de conscientização junto aos profissionais. Observa, entretanto, que algumas recusas devem ser compreendidas. “Quando o cliente é suspeito, o taxista não vai se arriscar, porque precisa preservar a vida dele”, disse. Para o taxista olindense Deílton José da Silva, 43 anos, a fiscalização é necessária.  “Está certo sim. Se é taxista, tem obrigação de levar e buscar em qualquer lugar”, afirmou.
 
Lei Seca
 
Na primeira semana de janeiro, a Secretaria Estadual de Saúde informou que irá submeter mais motoristas de táxi e ônibus à Operação Lei Seca, no carnaval e na semana pré. A orientação é parar os taxistas que não estejam com passageiros. Nos coletivos, os policiais e agentes de trânsito vão aproveitar a abordagem para entregar material de campanha de conscientização aos passageiros e solucionar eventuais confusões ou coibir atos de vandalismo. 

Fonte: Diario de Pernambuco

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