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Subsídio para remédios

15 de janeiro de 2013
Os trabalhadores norte-americanos saem do médico com a receita e têm o medicamento bancado pelo plano de saúde ou pelo empregador. Nos países europeus, os governos arcam com as despesas de remédio da população. No Brasil existe o Programa Farmácia Popular de distribuição gratuita de medicamentos financiado pelo governo federal. Mas a maioria dos trabalhadores arca com as despesas de remédios. Com exceção de um grupo de 2 milhões de pessoas cobertas pelo Programa de Benefício em Medicamentos (PBM), que recebem um subsídio entre 80% e 100% das empresas para comprar remédios.
 
O programa brasileiro é uma cópia do Pharmacy Benefit Management norte-americano onde existem hoje 200 milhões de beneficiários. O PBM desembarcou no país há 12 anos, com a chegada de empresas operadoras como ePharma, Funcional, Orizon e Vidalink. “A adesão ainda é pequena por desconhecimento das empresas e dos trabalhadores. Quandos os empregados conhecem o benefício, pedem aos sindicatos para incluir na pauta de negociação salarial”, comenta Luiz Monteiro, presidente da Associação Brasileiras das Empresas Operadoras de PMB.
 
O PBM funciona como um subsídio da iniciativa privada para a compra de medicamentos. As empresas que adotam o programa não recebem benefício fiscal do governo. Para a aderir ao PBM, o empregador contrata uma das empresas gestoras do PBM para ter assessoria técnica e instalar a ferramenta eletrônica de acesso à rede de farmácias conveniadas. São 20 mil farmácias credenciadas em 2 mil municípios brasileiros.
 
As unidades farmacêuticas ficam interligadas com um sistema online de autorização do subsídio. Antes da liberação do medicamento são checados os dados do trabalhador e o tipo de benefício que ele tem direito. Cerca de 2 mil medicamentos entre os mais prescritos pelos médicos fazem parte do PBM. Produtos de beleza e estéticos ficam de fora do programa. Os quimioterápicos também. 
 
Segundo Monteiro, as farmácias conveniadas reduzem a margem de lucro e vendem os remédios com desconto em torno de 30%. Quando a empresa não banca 100% do preço do remédio, a diferença é descontada no contracheque mensal do empregado. “O trabalhador valoriza o benefício porque não desembolsa de imediato para comprar o remédio, principalmente nos casos de emergência.” Empresas com Petrobrás, Oi, Nestlé, Unilever e IBM aderiram ao programa.
 
O subsídio privado para a compra de medicamentos vem em boa hora. A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008/2009 do IBGE revela que a compra de remédios pesa cada vez mais no orçamento das famílias brasileiras. Nos últimos cinco anos, as despesas com medicamentos saltaram de 44,99% para 48,6% do valor total gasto com saúde.  

Fonte: Diario de Pernambuco

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