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Sindicatos pregam um boicote ao Sisu

18 de junho de 2015

PORTO ALEGRE – Sindicatos de servidores das universidades federais pelo país afirmam que irão seguir a orientação da federação nacional da categoria e boicotar as matrículas do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a partir da próxima sextafeira (19). O sistema do Ministério da Educação é usado por instituições públicas de ensino superior para oferecer vagas a estudantes que fizeram o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2014. A categoria reivindica reajuste de 27,3% no piso salarial, é contra os cortes no orçamento das universidades e a terceirização de serviços como limpeza e segurança.

A coordenação de greve das universidades federais do Rio Grande do Sul, Paraná, Minas e Pernambuco diz que as instituições não farão as matrículas. O movimento também vai atingir, no Rio, as quatro universidades federais: UFRJ, UFF, Unirio (federal do Estado) e UFRRJ (federal rural). Só na UFRJ, uma das maiores do país, 3.731 alunos serão afetados.

Segundo os servidores, em greve desde maio, o objetivo é pressionar o governo federal a formular uma contraproposta às demandas deles. Os funcionários afirmam que não vão participar do processo de inscrição presencial, que acontece após uma etapa on-line, previsto para os dias 19, 22 e 23.

“Mantivemos os serviços que consideramos essenciais, como nas áreas de saúde e os laboratórios que usam animais. Os demais são discutí- veis. O boicote à inscrição no Sisu não traz um dano para o aluno, traz um atraso”, diz o coordenador-geral do Sintufrj (sindicato dos trabalhadores da UFRJ) Francisco de Assis. A reitoria da UFRJ informou que não vai se posicionar sobre o boicote por ora.

Na UFF, apesar de o Sintuff (sindicato dos trabalhadores na UFF) prever o boicote, a universidade diz ter uma equipe responsável pronta para realizar as inscrições. Procurada, a Unirio informou que o boicote não impedirá o processo de inscrição, pois ele é de responsabilidade dos professores, que não aderiram à greve, segundo a universidade.

A UFRRJ não se pronunciou. A reitoria da Federal de Minas informou que a matrícula continua prevista para sexta-feira e que acompanha os desdobramentos da greve. O boicote foi recomendado a todas as universidades federais em greve no país pelo Comando Nacional de Greve da Fasubra-Sindical (Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras). As quatro cariocas decidiram seguir a recomendação.

Fonte: Jornal do Commercio

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