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Servidor encerra greve e repartições reabrem hoje

31 de março de 2006

 

Os 25 mil servidores vinculados ao Sindicato dos Servidores Públicos de Pernambuco (Sindserpe) retomam hoje as atividades em oito secretarias, seis fundações e cinco autarquias. A solução para o fim da greve surgiu durante reunião que começou no fim da tarde de anteontem e durou até quase 23h, com representantes da Secretaria de Administração e Reforma do Estado. Uma semana de paralisação rendeu aos funcionários públicos reajuste de 9% a 10%, em duas etapas, além da implantação de uma tabela salarial por tempo de serviço. Com o retorno, serviços como o Expresso Cidadão, o acompanhamento de adolescentes infratores na Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac) e o atendimento no Hospital dos Servidores do Estado voltam à normalidade.

A assembléia-geral da categoria, durante a qual os servidores decidiram voltar a trabalhar, aconteceu ontem à tarde, no pátio da Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O horário e o local não foram definidos aleatoriamente. Os servidores queriam pressionar os deputados estaduais para que votassem ainda ontem o projeto de lei substitutivo com todas as propostas apresentadas pelo governo.

Na reunião de anteontem, trabalhadores e governo firmaram termo de compromisso. Os servidores prometeram retornar de imediato ao trabalho, enquanto o Estado garantiu que aprovaria o projeto de lei e não haveria retaliação aos grevistas.

A proposta de reajuste prevê duas etapas. A primeira parcela de aumento chega ao bolso dos trabalhadores no próximo pagamento, que sai na primeira semana de abril. Os funcionários da administração indireta, fundações e autarquias receberão 6% de aumento.

Aos servidores da administração direta será concedida reposição de 8%. Ao contrário do que vai acontecer com o primeiro grupo, a administração direta não receberá valores retroativos a janeiro. O restante vem em junho: 3,18% para a administração indireta e 2% para os servidores das secretarias.

O reajuste conseguido com a greve foi menor do que o esperado pelos funcionários, mas não chegou a ser uma decepção. “Foi uma vitória política e financeira. O governo não queria implantar a tabela de reajuste salarial por tempo de serviço e nós conseguimos que eles aceitassem. A tabela é importante porque é a base para o nosso plano de cargos e carreiras”, comemorou o presidente do Sindserpe, Renílson Oliveira.

Fonte: Jornal do Commercio

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