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Sebrae lança edição da Feira do Empreendedor

15 de março de 2006

 

De 17 a 21 de maio, Pernambuco vai ser palco de um dos maiores eventos de cultura empreendedora do país. Foi lançada, ontem, pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Feira do Empreendedor 2006, que pretende incentivar e ampliar a participação de micro e pequenas empresas na economia do estado. Palestras, cursos, consultorias, atendimento empresarial e outras atividades serão disponibilizadas aos 50 mil visitantes esperados, numa estrutura composta de 225 estandes e 170 expositores, no Chevrolet Hall. Os destaques serão as oportunidades de negócios associados ao novo perfil econômico de Pernambuco, a partir das obras estruturadoras, como a Refinaria Abreu e Lima, a Transnordestina e o Pólo de Poliéster. O Sebrae espera gerar cerca de R$ 6 milhões em negócios decorrentes do evento.

A feira faz parte da missão do Sebrae de promover o desenvolvimento sustentável do empreendedorismo em Pernambuco. “Em meio ao cenário adverso, quanto às dificuldades para empreender no país, nosso papel tomauma importância ainda maior. Precisamos capacitar o empreendedor pernambucano e integrar as pequenas empresas às de maior porte”, observou o superintendente do Sebrae, Murilo Guerra. Durante o lançamento da feira, o ex-ministro e um dos criadores da Embraer, Ozires Silva, falou do seu exemplo, enquanto empresário de sucesso, e sobre as oportunidades de negócios e gestão empresarial. “Não há quadro negativo de falta de iniciativas, de competência e de vontade. Há, aqui, grandes exemplos de investimentos e espírito empreendedor. Temos condições de ser uma grande nação”, vislumbrou.

Como ex-presidente da Embraer, empresa que gera, atualmente, 70 mil empregos, da Petrobras e da Varig, Ozires Silva conhece bem as dificuldades de se empreender no Brasil, considerado, pelo Banco Mundial, como o país mais caro do mundo para se abrir uma nova empresa. “Há muita criatividade dos empresários, mas a longevidade das empresas é pequena. As altas taxas de juros, as pesadas cargas tributárias e o excesso de burocracia limitam a ação de quem quer gerar riqueza no país”, constatou. Ele faz algumas considerações quanto ao acesso ao crédito. “O dinheiro usado como investimento não precisa ter um retorno garantido, mas os resultados do negócio sim. Em alguns casos, a própria patente pode servir como garantia pelo empréstimo”, colocou.

Segundo o ex-ministro, para que o país cresça, é preciso promover mudanças de mentalidade da sociedade em relação à idéia de empreender. “Precisamos de um governante que comande esse processo. Se ele determinar essa direção, caminharemos mais depressa”, apontou. Ele defende que a própria estrutura de República Federativa complica a criação de mecanismos mais eficientes para desenvolver a economia. “Pernambuco poderia aproveitar as potencialidades locais e criar suas leis, porque é o cidadão que mora na cidade que realmente sabe o que está acontecendo na região”, sugeriu. Ele retira da Física um ensinamento para os micro e pequenos empreendedores. “Uma condição de repouso só pode ser alterada com oestímulo de uma força externa. Para empreender, é preciso lutar e acreditar”, estimulou.

Fonte: Diário de Pernambuco

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