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Salário de doméstica não deve ser deduzido

21 de fevereiro de 2006

BRASÍLIA – A possibilidade de deduzir, do Imposto de Renda, o salário pago aos empregados domésticos é vista como um subsídio à classe média e como uma “afronta à matemática”, segundo avaliação do secretário-adjunto da Receita Federal, Ricardo Pinheiro.  “Se você for deduzir do imposto o salário, você vai gerar o maior subsídio da classe média do Brasil. Não tem lógica nenhuma. É uma afronta à matemática você pegar, integralmente, o que paga para empregada doméstica e reduzir do imposto”, disse.

Por essa razão, essa é uma das medidas que deve ficar de fora do pacote que o Governo estuda para estimular a formalização do trabalhador doméstico. A idéia é que ele seja anunciado no dia 8 de março. Entre as propostas em estudo, está a possibilidade de abater do IR apenas a contribuição de 12% do salário pago pelo empregador ao trabalhador doméstico. Outra proposta é reduzir essa alíquota. Já a contribuição do trabalhador varia entre 8% e 11%.


             RECORDE
            A arrecadação de tributos e contribuições federais começou o ano com um novo recorde quebrado. Em janeiro, a Receita Federal arrecadou R$ 33,873 bilhões, maior valor já registrado para o mês. Esse desempenho representa um crescimento real – já descontada a inflação – de 0,93% sobre janeiro de 2005. Além disso, a arrecadação da Receita Previdenciária chegou a R$ 9,836 bilhões, um aumento de 9,37%. O Imposto de Renda e a Cofins são os tributos mais representativos em volume, com arrecadação de R$ 10,894 bilhões e R$ 7,952 bilhões, respectivamente.

Fonte: Folha de Pernambuco

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