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SAI HOJE REGRA DE AJUSTE FISCAL

11 de julho de 2007

O governo do Estado deverá assinar hoje o Programa de Ajuste Fiscal (PAF), pelo qual o Ministério da Fazenda estabelece metas de despesas e de arrecadação. A medida é aguardada com grande expectativa pelos funcionários públicos do Estado, porque o atual governo condicionou a discussão de reajuste salarial aos limites estabelecidos dentro do PAF. A mesa geral de negociação com os servidores se reúne amanhã, mas o governo não adianta o que vai apresentar no encontro.

A perspectiva é que a nova rodada de negociação com os servidores seja marcada pela apresentação das metas fixadas pelo PAF. Mas os servidores públicos querem uma proposta concreta à pauta de reivindicação, entregue no dia 4 de maio.

A pressão é maior porque a expectativa inicial dos funcionários públicos era receber um anúncio de aumento do governo do Estado no dia 1º de junho, data-base fixada por lei estadual. Desde então, porém, a reunião da mesa se limitou às discussões sobre a situação financeira do governo. O secretário de Administração, Paulo Câmara, afirmou reiteradas vezes que uma proposta salarial só poderia ser apresentada após a assinatura do PAF.

“Amanha (hoje) terão se passado 41 dias da nossa data-base. Por isso, nossa perspectiva é que o governo apresente logo uma resposta à pauta de reivindicação”, declarou ontem Paulo Rocha, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT). O Fórum da CUT reúne 17 entidades sindicais que representam as diversas categorias dos servidores do Estado.

A falta de uma resposta pode ampliar os protestos dos servidores contra o governo. Atualmente, os trabalhadores na educação estão em greve, mas o movimento pode ser engrossado. “Dependendo da resposta do governo, outras categorias podem entrar em greve a partir da próxima semana”, ameaçou Rocha. O Fórum da CUT realiza reunião no dia 17 para avaliar a mesa do dia 12. “Os servidores não aceitam outro prazo”.

A pauta de reivindicação dos servidores inclui a implantação de um piso de remuneração equivalente ao salário mínimo. “Hoje, 15 mil servidores recebem abono para completar o mínimo”.

Fonte: Jornal do Commercio

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