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Receita fecha cerco a grandes contribuintes

22 de agosto de 2009

BRASÍLIA – Depois de amargar uma queda no recolhimento de tributos por noves meses seguidos, a Receita Federal prepara uma ofensiva para recuperar a arrecadação e afastar os efeitos predatórios da crise financeira internacional no caixa do governo. O novo secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, disse que a estratégia é combater a inadimplência e intensificar a fiscalização de grandes contribuintes. Nos próximos dias, 20 mil notificações de cobranças serão enviadas para empresas e pessoas físicas em dívida com a Receita.

Efetivado no cargo há apenas oito dias, em meio a uma crise institucional no órgão, Cartaxo reafirma a orientação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, para reforçar a ação da Receita. Serão criadas duas novas delegacias, em São Paulo e no Rio de Janeiro, para fechar o cerco aos contribuintes de maior porte. O modelo será semelhante ao das delegacias especializadas em instituições financeiras, que também serão reforçadas com mais funcionários.

Ele assume a Receita após um processo difícil de escolha para substituir a ex-secretária Lina Vieira, que não escondeu o desconforto com a demissão e estimulou o levante dos superintendentes regionais, atitude que desagradou o governo. Cartaxo fala em reforçar o perfil técnico e admite a necessidade de mudanças pontuais na equipe. Para Cartaxo, uma das principais metas do gestor público é manter a casa em harmonia, operando com eficiência. “Isso me foi especialmente recomendado pelo ministro Mantega. O nosso lema é trabalhar, fiscalizar e arrecadar”, disse.

O novo secretário da Receita diz que o órgão tem que estar focado na sua atividade: assegurar a arrecadação, de forma a garantir o funcionamento do Estado. Em relação à recuperação da arrecadação, ele diz que as ações dependerão dos desdobramentos da crise e dos efeitos das medidas de desonerações, que resultaram na perda de alguns bilhões, mas preservaram a massa salarial, o emprego e a renda. “Diversas medidas estão sendo preparadas para fazer frente aos efeitos predatórios da crise na arrecadação”, revela.

Fonte: Jornal do Commercio

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