As mercadorias que chegam ao Porto de Suape vindas de rotas suspeitas passarão agora por uma fiscalização mais apurada. A Receita Federal adquiriu um scanner de raios X que permitirá a visualização de toda a carga no interior dos contêineres. O investimento no equipamento, de fabricação alemã, é de US$ 600 mil. A medida permitirá a redução do contrabando e do descaminho.

Segundo Eni Sávio, inspetor da Alfândega de Suape, o equipamento começará a ser operado a partir da próxima semana. Esta semana, os funcionários da Receita que atuam em Suape passaram por treinamento para saber como lidar com a máquina. O dia exato em que o equipamento começa a ser utilizado dependerá da movimentação do Porto. O scanner será usado nas mercadorias vindas de rotas como Estados Unidos (principalmente Miami), China e Uruguai, lugares normalmente de origem de produtos contrabandeados.

“O equipamento é altamente eficaz na busca de mercadorias ocultas, sendo uma ferramenta revolucionária no combate às irregularidades de falsa declaração de conteúdo e de mercadoria oculta”, ressalta Sávio. Essas duas irregularidades, diz o inspetor, são as mais difíceis de serem acompanhadas e combatidas. Isso porque fica quase inviável apurar como as mercadorias entraram no Estado depois que elas passaram pela alfândega. As imagens geradas pelo scanner serão confrontadas com as informações prestadas à Receita, o que pode apontar a falsa declaração de conteúdo.

Sávio explica também que o procedimento não atrasará a movimentação de cargas, pois a captação das imagens do interior de um contêiner levará menos de três minutos. Um navio descarrega, em média, 200 a 300 contêineres.

Fonte: Jornal do Commercio