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Reajuste salarial // Auditor municipal faz greve

28 de março de 2008

Na próxima segunda-feira, os fazendários do Recife iniciam greve por tempo indeterminado. Cerca de 330 fazendários, auditores e assistentes técnicos financeiros, se juntam aos restantes dos servidores municipais que já cruzaram os braços desde o início da semana, por não aceitarem a proposta de reajuste salarial apresentada pelo prefeito João Paulo. Além disso, a assembléia geral da categoria aprovou também um indicativo de entrega de todos os cargos comissionados. Os fazendários ocupam cerca de 30 cargos comissionados na Prefeitura do Recife.

No caso específico da campanha salarial dos auditores, a Secretaria de Finanças da Prefeitura do Recife (PCR), ofereceu um percentual de 4,6% em cima do salário base da categoria. Levando-se em conta que o vencimento base é apenas uma parte do salário, o Sindicato dos Fazendários do Município do Recife (Afrem Sindical) calcula que o aumento equivale apenas a 2,5% na remuneração total da categoria. A defasagem salarial fazendo uma comparação com as carreiras como a dosauditores da Receita Federal, auditores fiscais do estado, auditores do Tribunal de Contas já chega a mais de 50%. “Depois de várias rodadas de negociações com o secretário de Finanças, Elísio Soares, que não avançaram, a categoria definiu pela greve. Foi a última saída encontrada para tentar obter nossas reivindicações”, explicou Waldemir Moreira, presidente do Afrem Sindical, antes de concluir: “Mesmo assim, preocupados em diminuir o prejuízo para a população, nós vamos manter os serviços essenciais”.

A insatisfação com a proposta apresentada pelo governo municipal vai além do reajuste salarial. Os fazendários também criticam a falta de compromisso da Secretaria de Finanças do Recife em produzir um plano de cargos e carreira para a categoria. “Há quatro anos eles prometem e não cumprem”, reforçou Moreira.

Em contrapartida, a administração ofereceu uma espécie de tabela com enquadramento por tempo de serviço. Para se ter uma idéia, a tabela é dividida em nove níveis. A diferença entre o primeiro e o últimoé de apenas 4,8%. Isso representa, na prática, que em 27 anos de serviços prestados, o auditor que chegar ao último nível de carreira receberá apenas R$ 340 a mais do que quem está iniciando na profissão. “Esse é o prêmio que a Prefeitura está dando para uma vida inteira de trabalho prestado e não podemos aceitar”.

 

Fonte: Diário de Pernambuco

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