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Quatro mil imóveis à venda
25 de fevereiro de 2015O mercado imobiliário da Região Metropolitana do Recife quer driblar o pessimismo do cenário econômico com a oitava edição do Salão Imobiliário de Pernambuco, que será realizada entre os dias 11 e 15 do próximo mês, no Centro de Convenções, em Olinda, com entrada gratuita. O evento, que deve movimentar R$ 160 milhões em negócios, vai ofertar mais de quatro mil imóveis, a maioria com preços entre R$ 200 mil e R$ 300 mil.
A Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi PE), que promove o evento – conhecido também como Salão da Ademi – é conservadora nas estimativas.
A quantidade de imóveis a serem comercializados, cerca de 500 unidades, e o valor estimado em contratos fechados durante ou a partir do evento, de R$ 160 milhões, são os mesmos da edição passada. "Nosso público não é o mesmo. Quem comprou no ano passado, vai demorar 10 ou 15 anos para fazer uma nova compra", explica o vice-presidente da Ademi, Gildo Vilaça. É por isso, esclarece ele, que não há um crescimento quantitativo. "Mas é um visitante muito qualificado porque ele é comprador, ele vem comprometido com pesquisar e comprar seu imóvel", acrescenta.
Ao falar sobre a estabilidade pela qual o mercado imobiliário vem passando desde 2013, Gildo faz questão de destacar que a demanda continua. "As pessoas continuam casando, mudando de cidade, se separando… tudo isso gera demanda por imóveis. E esse movimento é permanente".
Na avaliação dele, a estabilização de agora é acentuada pela referência alta que se teve de 2010, quando a disponibilidade de crédito, a entrada de novas empresas e o aumento da renda média da população fizeram os números do setor estourarem. Segundo o Índice de Velocidade de Vendas (IVV), medido pela Federação das Indústrias (Fiepe) para o mercado imobiliário, naquele ano, foram vendidos 8.522 imóveis novos na RMR, um recorde até agora. "Estamos bem. Se me disserem que vai ficar assim por vários anos, acho bom", comenta. Em 2014, o total de vendas foi de 6.032 unidades, menor do que 2012 e 2013, porém acima do registrado para todos os anos anteriores a esses, com exceção apenas de 2010.
Este ano, a Ademi conta principalmente com o apelo patrimonial da casa própria como gancho para puxar o comprador indeciso. "Sempre que há receio na economia, o brasileiro tradicionalmente foca mais nos imóveis porque são investimento seguro", diz o secretário executivo da Ademi PE, Fred Carvalho.
PREÇO E PROMOÇÃO
Questionado sobre a manutenção da expectativa em relação aos valores, mesmo com a alta da inflação, o Gildo Vilaça pontua que não há, nem haverá redução de preços. Porém, ele pondera que o fim da especulação de preços por parte dos donos dos terrenos e o aperto de margem de lucro pelas construtoras fazem parte do esforço para manter os valores de venda estáveis. "Essa estabilização deve durar pelo menos mais um ano", analisa.
Ele também confirma que, diferentemente do que ocorreu no ano passado, é alta a possibilidade de as construtoras elaborem mais condições especiais e facilidades para viabilizar os negócios. "Ninguém vai baixar preço, mas vai facilitar tudo para fechar o negócio", resume.
Gildo lembra ainda que, durante o Salão, essa disposição para facilitar as coisas pode vir, inclusive, dos gerentes ou do próprio dono da empresa. "Esse é um dos diferenciais do evento, os empresários e os executivos estarão lá e os clientes podem negociar direto com quem decide", aconselha, "além da conveniência de encontrar mais de 20 empresas em um lugar só".
Ao anunciar os detalhes do evento ontem, a Ademi também informou que 400 corretores de imóveis e 800 expositores, ligados às construtoras, farão parte da estrutura de atendimento aos clientes.
Fonte: Jornal do Commercio
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