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Proposta frustra servidor

4 de junho de 2008


De pouco adiantou o funcionalismo público ligado às áreas administrativas terem esperado pela contraproposta do governo do Estado, encaminhada ontem. Para os 39,8 mil servidores, vinculados em sua maioria ao Sindicato dos Servidores Públicos do Estado de Pernambuco (Sindserpe), houve pouca alteração na que foi praticamente a última cartada da Secretaria de Administração antes das assembléias de hoje dos servidores. A movimentação aconteceu no percentual de desconto do vale-transporte e na vigência da nova regra, que agora passa a ser a partir deste mês e não mais em outubro, como proposto antes. Também foi feito um pequeno ajuste no percentual global ofertado, saindo de 5% para 5,04%, por incorporar a inflação de maio.

Integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) disseram-se frustrados com a proposta. Hoje, o Sindserpe realiza assembléia, no térreo da Secretaria da Fazenda, e ameaça fazer greve e partir em passeata até o prédio da Administração. Para os quase 40 mil funcionários, o Estado separou R$ 25,9 milhões, dos R$ 159 milhões reservados para reajustar as remunerações este ano. Ontem, por meio de um ofício encaminhado à CUT, responsável pela coordenação do movimento, a Secretaria de Administração ofereceu uma leve melhora no percentual de desconto do vale-transporte, passando a escala de desconto para 3%, 2% e 1% sobre a remuneração dos níveis superior, médio e básico, respectivamente, quando a primeira versão da proposta os percentuais eram de 4%, 2% e 1%. “O que ele ofereceu é insignificante. Praticamente mantém a mesma proposta. Do ponto de vista salarial não houve avanço”, reclama o coordenador do Fórum dos Servidores, Paulo Rocha.

O presidente do Sindserpe, Renilson Oliveira, vai se encontrar hoje com o secretário de Administração, Paulo Câmara, às 9 horas, para a última tentativa de levar para a categoria algo em torno do escalonamento das bases salariais. Esse é, inclusive, o maior entrave na negociação. A categoria pleiteava sair dos atuais escalonamentos de R$ 265, R$ 344 e R$ 620 para R$ 533, R$ 930 e R$ 1.590 dos níveis básico, médio e superior, respectivamente. “Se o Estado oferecer alguma proposta, mesmo que tenha rebatimento ainda em 2009 e 2010, podemos conversar. Temos que manter o trabalho de recuperação das faixas salariais para sairmos do cenário de ainda se pagar abaixo do salário mínimo e precisar de abono de complemento”, reclama Renilson Oliveira.

Segundo o secretário Paulo Câmara, por causa da implantação do piso dos professores, o Estado vai deixar de ter dez mil pessoas que precisam do abono salarial para completar o rendimento mínimo de R$ 415, passando a cerca de três mil. “Estamos fazendo as contas, mas os limites do Estado já foram apresentados”, diz o gestor. O vale-alimentação foi mantido em R$ 7, enquanto a categoria pleiteava R$ 10 na contraproposta. Outro ponto era elevar para pelo menos R$ 500 a menor remuneração paga pelo Estado, sem a necessidade de complementação. Já o percentual médio de reajuste negociado inicialmente era de 9,2% para aqueles que estivessem foram das faixas apresentadas. Algumas categorias de peso já fecharam com o governo, tais como Educação e Polícia Civil, tirando um grande peso da mobilização. A área técnica da saúde também realiza assembléia hoje, já com processo de greve deflagrado.

Fonte: Jornal do Commercio

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