Notícias da Fenafisco

Pressão para elevar produção
7 de julho de 2014RIO DE JANEIRO – Com alto endividamento, sem capitalização ou reajuste de preços, a Petrobras enfrenta seu momento de maior pressão por ganhos de produção, tida como a única saída para aliviar seu caixa. A meta repetida como um mantra dentro da empresa é crescer 7,5% neste ano. Passado cinco meses, contudo, a média não passa de 0,1% no período. Mantido o ritmo, a Petrobras só alcançaria o volume projetado – e imprescindível para seu plano de negócios – em 2019.
Uma cena prosaica descrita pela presidente da estatal, Graça Foster, retrata como uma das 20 mulheres mais poderosas do mundo, segundo a revista Forbes, sente o peso de sua posição. De seu apartamento na Avenida Atlântica, na orla de Copacabana, a executiva observa um morador de rua dormindo, alta madrugada, sobre a calçada. "Eu, com aquela cama boa, não consigo dormir. É a responsabilidade."
Atrás da sua mesa, no edifício sede, um imenso painel atualiza os dados de produção da companhia. Os cálculos que tiram o sono da executiva indicam que nos últimos três anos, no governo Dilma, a média da produção é de queda de 1,5%, segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). "Ainda que seja alcançada, a meta só retoma o nível de 2010. Minha percepção é que a empresa não cresce mais do que 5% e já pode soltar foguete", avalia o diretor do CBIE, Adriano Pires, também consultor da candidatura presidencial tucana.
A queda nos últimos anos decorre de paradas de manutenção das plataformas, associada a um declínio nos campos maduros acima do previsto pela empresa. A situação é mais crítica na Bacia de Campos, que responde por 80% da produção do País. Segundo o diretor de exploração e produção da companhia, José Formigli, o declínio chega a 200 mil barris por dia, em média.
Na opinião do professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Edmar de Almeida, a empresa foi negligente com as áreas maduras ao não prever a real dimensão da queda na produtividade. Almeida avalia que crescer é factível, mas não é a principal questão da empresa. "O que alivia o caixa é reajuste. Antes das eleições, isso dificilmente vai acontecer, mas depois, o governo deve discutir. Desde 2011, os preços aqui se distanciam do valor internacional". Para o professor, a meta estabelecida tem efeito simbólico. O aumento de produção é importante para dar confiança ao mercado. Um exemplo foi o evento, cinco dias antes do início da campanha eleitoral, para marcar a produção de 520 mil barris por dia no pré-sal, parte em poços de outras empresas. "Essa marca é natural do desenvolvimento das áreas. Se para toda marca houver essa enorme propaganda, vira extravagância, um ufanismo sem fundamento", avalia o ex-diretor da estatal e consultor Wagner Freire.
Fonte: Jornal do Commercio
Mais Notícias da Fenafisco

Fenafisco participa de Assembleia Geral do Fonacate e acompanha debates sobre reforma administrativa
A Fenafisco marcou presença na Assembleia Geral do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), realizada virtualmente na […]

Fenafisco discute PEC 66 e “Descongela Já” em reunião no gabinete da deputada Bia Kicis
A Fenafisco segue com sua mobilização no Congresso Nacional para debater propostas legislativas de interesse da categoria. Representantes da Fenafisco, […]

Precisamos de pacto entre todas as carreiras”, defende Francelino Valença sobre Lei Orgânica do Fisco
O presidente da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), Francelino Valença, palestrou no seminário “Lei Orgânica: Fortalecimento e […]

Fenafisco marca presença em posse histórica da 1ª mulher presidente do Sindifisco-PB
Na última sexta-feira (9/5), a Fenafisco esteve presente para prestigiar Helena Medeiros, que tomou a presidência do Sindifisco-PB (Sindicato dos […]