Notícias da Fenafisco
Prejuízo bilionário com greve da Receita
22 de abril de 2008
Mariana Flores Do Correio Braziliense
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Com a continuidade da greve dos auditores fiscais, iniciada em 18 de março, os prejuízos para o comércio exterior do país continuam se acumulando. Os fabricantes de eletroeletrônicos brasileiros alegam que as perdas chegam a US$ 1 bilhão de mercadorias que deveriam ter sido vendidas.Outros US$ 350 milhões em componentes, matéria-prima e insumos estão parados em portos e aeroportos do país, prejudicando a produção, segundo dados da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).
As transportadoras somam US$ 30 milhões em danos causados por atrasos e cargas paradas. Segundo a Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI), os dados não contabilizam as perdas com os cancelamentos de contratos.
A dificuldade das empresas em importar e exportar atingiu até mesmo o setor de moda brasileiro. Dona de uma das mais tradicionais e luxuosas lojas de vestuário da capital federal, Cleuza Ferreira pagou 400 mil euros por peças de roupa e acessórios que não conseguem entrar no país. A mercadoria está armazenada em galpões de Milão, Paris e Nova York esperando para embarcar para o Brasil. Cerca de 40% das peças, localizada no Lago Sul, são de grifes importadas.
Os auditores alegam que as mercadorias retidas por falta de fiscalização vão entrar quando a greve acabar, o que diminuirá o prejuízo dos empresários. No caso de Cleuza, no entanto, a mercadoria é temporal, já que a moda e o clima determinam o que as pessoas vão comprar. O pior é o dano causado à imagem do país, conta Cleuza. “Os exportadores acham que o brasileiro tem bom gosto, que somos bons pagadores, mas reclamam da legislação e das dificuldades de vender para o país, por causa de mudanças e imprevistos como o das greves. Onde já se viu ficarmos um mês sem conseguir importar?”, reclama. “E olha que eu sou uma gota no oceano. É muito dinheiro parado. Não sou contra a greve, mas o governo não deveria demorar tanto tempo para resolver”, completa.
Salário – A greve dos auditores fiscaisexemplifica a luta da elite do executivo federal. Mesmo entrando no serviço público com salários iniciais acima de R$ 7 mil e se aposentando com pelo menos R$ 12,9 mil, as categorias mais bem pagas nunca estão satisfeitas com seus salários e sempre almejam o do vizinho. Os servidores do Banco Central, querem chegar à remuneração dos auditores fiscais. Os auditores querem ganhar como os delegados da Polícia Federal. Advogados públicos federais querem equiparação com o Ministério Público Federal. Apegando-se a essas reivindicações, os servidores criam resistência na hora de negociar com o governo.
Os auditores , que hoje entram na carreira com um salário de R$ 10.155 e se aposentam com R$ 13.382, lutavam por um salário que ficasse próximo ao dos procuradores da República, mas resolveram se contentar em reivindicar remuneração equivalente à dos delegados federais. Hoje o salário inicial dos procuradores é de R$ 21 mil. O final chega ao teto do funcionalismo, de R$ 24,5 mil. Já o de delegados da Polícia Federalestá em R$ 12.992, pago no início da carreira, e R$ 19.053, no topo da carreira.
Fonte: Diário de Pernambuco
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