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Preço do pão vai subir até 12%

2 de fevereiro de 2013
Item indispensável nas mesas brasileiras, o pão francês está pesando mais no bolso dos consumidores. Algumas padarias do Recife começaram ontem a reajustar os preços por causa do maior custo de produção. Além da elevação registrada no valor do trigo, o reajuste salarial da categoria e o aumento do combustível também pressionaram o segmento. Com o quilo do pão variando entre R$ 7,20 e R$ 8,20 em algumas padarias do Recife, o francesinho deve ficar até 12% mais caro, indicam alguns estabelecimentos. Empresários indicam que o consumidor deve se preparar para pagar cerca de R$ 1 a mais pelo preço do quilo do pão francês.
 
Há estabelecimentos na cidade que devem mudar o preço na próxima segunda-feira. Outros ainda vão esperar os próximos 15 dias para ver como deverá se comportar a variação do preço da saca de 50 quilos da farinha.
 
Na Com.Pão Delicatessen, na Avenida Rosa e Silva, o francesinho passou de R$ 8,20 para R$ 8,60. "O que pesa mais é a farinha e acabamos tendo que repassar para o consumidor porque não há como absorver esse custo. O pão francês é o carro-chefe da padaria", sinaliza a gerente Leide Alves.
 
No Arruda, a Padaria Santo Antônio deve reajustar o preço do francesinho de R$ 7,25 para R$ 7,95. "O trigo em torno de 8% e 12% mais caro, a convenção salarial que teve um reajuste de cerca de 9% para os funcionários e os custos como energia são fatores que pesam na definição do preço do pão", afirma o gerente Luiz Bonifácio Barbosa.
 
Já Maria José da Silva, gerente da Padaria La Roque, em Jardim São Paulo, indica que o preço do produto não será reajustado por ora. "No meio do ano passado, já houve um aumento. O nosso preço passou de R$ 6,99 para R$ 7,90, quase R$ 1 mais caro. Ainda vamos segurar o preço atual um pouco mais. O francesinho corresponde a cerca de 70% das vendas da padaria e é difícil ter substituto na mesa do consumidor", aponta a gerente.
 
A Padaria Imperatriz, no Centro do Recife, ainda vai aguardar o comportamento do preço do trigo pelos próximos 15 dias para avaliar se será necessário reajustar em cerca de 10% o preço do item, sinaliza o gerente da casa, Jorge Ferreira. "Hoje vendemos o quilo a R$ 8, mas já estamos comprando a farinha com preço mais caro. A saca do trigo nacional passou de R$ 70 para R$ 82, enquanto o importado está a R$ 90. Estamos com um custo cerca de 30% mais caro. A nossa expectativa é aguardar a variação do produto. Se for necessário, vamos aumentar o preço, que deve ficar entre R$ 8,80 e R$ 9", estima o gerente.
 
De acordo com o presidente do Sindipão, Joaquim Francisco de Sousa, o trigo é o que menos está influenciando nos custos. "Mesmo com a alta dos preços, há outros insumos que estão mais caros, além de que desde janeiro o setor está com custos trabalhistas 9% maiores, com o reajuste salarial da categoria." A maior parte do trigo consumido no Brasil vem de países como Argentina, França, Canadá e EUA.

Fonte: Jornal do Commercio

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