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Preço da gasolina pode subir nos próximos dias

7 de agosto de 2014

Os pernambucanos podem tomar um susto ao encontrar a gasolina mais cara nos próximos dias, antes mesmo que haja aumento oficial pela Petrobras, como sinalizou na terça-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Independentemente da política de reajuste dos combustíveis, os donos de postos alegam que estão no limite e devem repassar ao consumidor os custos com a operação. Uma forma de fazer isso, segundo o setor, é acabar com os “descontos” gerados na guerra de preços nas bombas.

“Em Pernambuco temos um mercado muito competitivo e isso acaba sendo benéfico ao consumidor, porque sempre existem postos com promoções. Mas, todos os 1,3 mil postos do estado já estão no limite”, afirma presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Pernambuco (Sindicombustíveis), Alfredo Pinheiro Ramos. Ele ressalta ainda que do valor do litro de gasolina, que hoje custa em média R$ 2,89, 27% são gastos com impostos federais e estaduais. “Do valor restante, ainda tiramos os custos com frete, folha de funcionários, energia, água, aluguel e manutenção das bombas”, reclama. Sua previsão é que os preços fiquem a partir de R$ 2,90, mesmo nas “promoções”. “No Rio de Janeiro a gasolina já está por R$ 3,29”, compara.

Para o economista Pierre Lucena, que também é reitor da Faculdade Guararapes, a gasolina deve terminar o ano acima de R$ 3. “A defasagem atual é de 25%, mas o governo não vai autorizar esse repasse de uma vez. A alta virá aos poucos”, defende. 
Para ele, todos os setores da economia serão influenciados. “A grande preocupação é com a inflação. Reajustando o preço dos combustíveis, haverá uma alta geral e isso é preocupante porque já estamos no teto da meta do governo federal. Além disso, a cesta básica irá subir também.”

O último reajuste nos preços da gasolina ocorreu em novembro do ano passado, quando a Petrobras anunciou aumento médio de 4% na gasolina e de 8% no diesel, nas refinarias (nas bombas, diretamente para o consumidor, o reajuste podia ser outro).

Diesel
Um possível aumento do diesel, que é o principal combustível usado pelas empresas de transporte tanto de pessoas quanto de cargas do estado, deverá ter um impacto maior para o consumidor. Antônio Jacarandá, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado de Pernambuco (Setcepe), afirma que caso haja essa alta, ela terá que ser repassada integralmente aos consumidores finais. “Já estamos com os custos de operação elevados, uma vez que 60% das cargas que chegam no estado vem de São Paulo, o que significa três mil quilômetros em estradas. Um custo a mais não será absorvido pelo setor.”
 

Fonte: Diario de Pernambuco

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