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Plano de saúde pode receber incentivos

28 de fevereiro de 2013

Depois de desonerar setores relativos ao consumo, como o de automóveis e eletrodomésticos, o governo Dilma Roussef agora volta suas atenções para o segmento de serviços, mais precisamente o de planos de saúde. Já estão avançadas as conversas do governo com representantes do setor no sentido de lançar um pacote de medidas para tentar reduzir os custos e aumentar o número de clientes nas operadoras, além de melhorias na parte hospitalar, inclusive com soluções para a crise financeira dos hospitais filantrópicos e casas de misericórdia, que não conseguem se manter com o que recebem do SUS. Desde 2005, a dívida aumentou mais de seis vezes, saindo de R$ 1,8 bilhão para R$ 11,8 bilhões.

Flávio Wanderley, diretor regional da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), cujas empresas detêm mais de 40% dos cerca de 50 milhões de usuários de planos de saúde privados no País, diz que as conversas são o primeiro passo para deter a escalada de preços do setor, que vem deixando o serviço proibitivo. "Com desoneração médica e econômica a situação seria revertida e conseguiríamos dobrar, em cinco anos, o número de usuários de planos de saúde, desafogando a pressão sob o SUS, que hoje tem de atender 190 milhões de brasileiros que não podem pagar por um plano. Dessa forma, a discussão é muito menos eleitoreira e mais política de estado", considera.
 
Ele diz que a instituição que representa vem há anos apresentando ao governo suas propostas para melhorar o sistema de saúde suplementar, de forma a aumentar a base de clientes e, consequentemente, a receita do setor. Uma das principais, é a ideia desvincular as faixas etárias. Hoje o valor cobrado dos clientes mais velhos, a última faixa de preço, está vinculada à primeira faixa, dos clientes mais jovens, de forma que o preço do serviço da última faixa não seja seis vezes maior que o cobrado na primeira. "Sem essa limitação você poderia praticar valores mais baixos para o jovens, que usam menos os serviços de saúde e contribuem com o mesmo", analisa Wanderley.
 
Outra proposta passa por desvinculação de procedimentos. Ou seja, clientes mais jovens têm menos probabilidade de enfrentar doenças que vitimam pessoas de mais idade, como enfisema pulmonar ou doenças degenerativas crônicas, ligadas ao coração e pulmão. Com os planos desobrigados a cobrir esse tipo de despesa para pessoas mais jovens, o custo cairiam também, defende o executivo. "No caso de necessidade, poderia se ver formas de coberturas parciais temporárias. O importante é que separando se consegue liberar as primeiras faixas etárias e só isso reduziria os custos dos planos", defende.

Fonte: Jornal do Commercio

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