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Pib deve crescer só 3,5%

29 de setembro de 2006

 

Brasília – O Banco Central cedeu às evidências do fraco desempenho da economia entre abril e junho e reduziu sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2006 de 4,0% para 3,5%. Mesmo com esse recuo, a projeção ainda é mais otimista que a do mercado financeiro, que aposta em uma expansão de apenas 3,09% da atividade econômica neste ano, de acordo pesquisa divulgada na segunda-feira.

O BC também reduziu sua estimativa de inflação para 2006 de 3,8% para 3,4%, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para 2007, o primeiro ano do novo mandato presidencial, a inflação deverá alcançar 4,3%. As novas projeções constam do Relatório de Inflação do Terceiro Trimestre, divulgado ontem.

As estimativas foram concluídas no final de agosto e levaram em conta um cenário no qual permaneceriam constantes os juros básicos, em 14,25% ao ano, e a taxa de câmbio, em R$ 2,15 por dólar. A previsões do BC, porém, indicam uma dose de ceticismo não repetida pelo restante do governo – pelo menos, neste período pré-eleitoral.

Na última segunda-feira, o Ministério do Planejamento cravou ao Congresso Nacional que o crescimento da economia brasileira neste ano será de 4,0% – aposta 0,5 ponto porcentual abaixo de sua previsão anterior. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também sustenta essa previsão.

A posição do BC leva em conta, principalmente, o desastre do segundo trimestre do ano, quando o PIB cresceu apenas 0,5%, segundo o IBGE. De acordo com o diretor de Política Econômica do BC, Afonso Beviláqua, o desempenho da economia no período foi “mais modesto” que o esperado. Apesar da expectativa de recuperação do ritmo de crescimento neste segundo semestre e de ampliação do consumo das famílias em 4,2% no ano, o estrago já está feito.

Fonte: Diário de Pernambuco

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