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Pernambucanos estão endividados
15 de dezembro de 2012Com 2013 à porta e as típicas contas de início de ano para pagar, uma pesquisa da Federação do Comércio de Pernambuco (Fecomércio-PE) acende uma luz amarela para a situação do bolso dos pernambucanos e que pode refletir nas vendas do varejo. Mais de 62% dos consumidores do Estado têm algum tipo de dívida. Na Região Metropolitana do Recife (RMR), esse percentual chega próximo a 69%.
O comprometimento da renda familiar mensal com as dívidas também é maior na RMR que nas demais áreas pesquisadas (Caruaru, Garanhuns, Petrolina e Vitória de Santo Antão), atingindo 45%, cinco pontos percentuais acima da média estadual. O que também preocupa é que a maioria (90,21%) das dívidas é na área financeira (cartão de crédito, cheque especial, empréstimo, financiamento), justamente as que possuem os juros mais altos e são mais difíceis de sanar.
O consultor da Fecomércio-PE Luiz Kehrle comenta que não há muita diferença entre Pernambuco e o resto do Brasil. O quadro é semelhante. "Isso não quer dizer que o comportamento seja irrisório. E essa é uma das variáveis que o varejo e a economia como um todo precisam prestar atenção e ficar de olhos abertos", alerta. "No fim de ano, o percentual de endividamento deve baixar um pouco por causa do 13º salário. Mas é preciso lembrar que, entre janeiro e fevereiro, há muitas despesas de novo", observa.
Uma sondagem de opinião também promovida pela Fecomércio e divulgada na semana passada mostrou que 39,58% dos entrevistados declararam que o abono natalino será utilizado para comprar presentes neste fim de ano. A classe C está ainda mais disposta: 42,18% apontaram o consumo como destino final do dinheiro. O pagamento de dívidas ficou em segundo lugar, com 33,26% das respostas dos 1.804 entrevistados do Grande Recife, Caruaru, Garanhuns, Petrolina e Vitória de Santo Antão. Kehrle diz que o resultado surpreendeu. Ele esperava que os percentuais entre presentes e pagamento de dívidas ficassem mais próximos.
"O fato é que a intenção de consumo está muito alta. As pessoas querem comprar porque a renda está maior e há mais confiança no emprego. Muita gente mudou de classe social e agora pode comprar itens antes impensáveis", analisa o consultor. Ele cita ainda que a dívida no Brasil de consumidores e empresas equivale hoje a cerca de 50% do Produto Interno Bruno (PIB), o que é considerado normal diante de países como Estados Unidos, em que o percentual é de quase 100%, e Chile (80%). "O problema não é a dívida, mas a inadimplência", explica.
O levantamento foi feito com cerca de 2 mil pessoas pela Fecomércio-PE através do Centro de Pesquisa (Cepesq) e em convênio com o Sebrae-PE.
Endividamento é menor no interior do Estado
No interior do Estado, de acordo com o levantamento feito pela Fecomércio, o nível de endividamento cai em relação à Região Metropolitana do Recife (RMR): 61,32% em Caruaru, 60,83% em Garanhuns, 59,74% em Petrolina e 59,12% em Vitória de Santo Antão. O comprometimento da renda familiar também é menor no interior quando comparado ao da RMR.
Os consumidores da área metropolitana do Recife são, junto com os de Petrolina, os que têm mais dívidas em atraso, ultrapassando 28% o percentual de inadimplemento. Um grau menor de inadimplência acontece em Garanhuns e Vitória de Santo Antão, em torno de 17,6%. Em Caruaru o percentual está próximo da média estadual e atinge 23,3%.
Fonte: Jornal do Commercio
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